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Guião do que Rio disse através dos números

No discurso de encerramento do Congresso do PSD, Rui Rio traçou prioridades para conquistar a classe média. Em algumas áreas, o novo presidente socorreu-se de números para ilustrar melhor os objectivos.

Miguel Baltazar
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A Segurança Social, a saúde, a reforma do Estado, a educação e o crescimento económico foram algumas das áreas que Rio elegeu como prioritárias na definição do seu programa. Para algumas delas usou números para explicar melhor ao que vem.  

80 mil crianças

Rio utilizou este número quando falou da baixa natalidade que hoje coloca pressão demográfica a Portugal. Este é o número de crianças que nascem hoje em Portugal, o que compara com as 200 mil que nasciam há 50 anos. Na área social, a fraca natalidade foi um dos problemas referidos pelo presidente do partido. "Se não adoptarmos medidas urgentes e eficazes, estaremos a legar um pesado fardo para as gerações mais novas."

30% da despesa pública

Rio desafiou o Governo, os partidos e os parceiros sociais a avançarem para uma reforma da Segurança Social. "A evolução demográfica obriga-nos a um olhar atento sobre a sustentabilidade futura", afirmou, referindo depois que "30% da despesa pública com pensões tem origem no Orçamento do Estado, o que significa que já temos outras fontes de receita; só que fontes de receita sem qualquer lógica intrínseca, que não seja a transferiria pura e dura que a realidade nos exige". 

13,7% de taxa de abandono precoce

A área da educação foi outra das que Rio privilegiou no seu discurso de encerramento do Congresso do PSD. O novo presidente salientou que nos últimos 15 anos a taxa de abandono escolar baixou de 45% para 13,7%, mas avisou que as reversões que têm estado a ser feitas ameaçam os resultados alcançados nos últimos anos. Nesta matéria, Rio deixou um sinal de que a carreira de professor terá de mudar, tornando-se mais profissional à entrada para a profissão e durante a carreira. 

101% de rendimento per capita

Rio considera o crescimento económico que o Governo tem apresentado como pouco sólido e prefere olhar para indicador que olhe mais para a realidade de cada um e que permita comparar com os parceiros nacionais. As reformas apresentadas por Rio têm como objectivo pôr Portugal a crescer na "metade mais rica" da União Europeia, o que significa um rendimento per capita a saltar de 77% da média da UE para 101%. 

130% do PIB na dívida

Para lançar o tema da reforma do Estado que quer fazer, Rui Rio socorreu-se dos valores da dívida pública, que actualmente ronda os 130% do PIB. O ex-autarca do Porto assinalou que a administração local é responsável por "apenas" cerca de 2,5%, deixando a grande fatia para a administração central. "Se quisermos os dinheiros do Estado melhor geridos e mais controlados, teremos de mudar de vida", defendeu, para sustentar que é preciso um "debate alargado" sobre a reforma do Estado, e "sem tabus". 

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