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Rio: Fazer propostas "depressa e bem não há quem"

Depois de se reunir com Marcelo Rebelo de Sousa pela primeira vez enquanto líder do PSD, Rui Rio justificou a não apresentação de propostas com o facto de ser presidente do partido apenas desde domingo. Rio mostrou-se disponível para dialogar com "todos" os partidos.

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19 de Fevereiro de 2018 às 16:13
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Rui Rio diz que ainda é cedo para apresentar propostas concretas e mostra-se disponível para dialogar com todos os partidos, não apenas para apresentar as suas ideias mas também aquilo que as outras forças políticas tiverem a propor. À saída do Palácio de Belém, onde se reuniu pela primeira vez com o Presidente da República desde que, este domingo, assumiu formalmente a liderança do PSD, Rio disse não ter ainda apresentado medidas a Marcelo Rebelo de Sousa porque "depressa e bem não há quem". 

"Ainda não passaram sequer 24 horas" desde a tomada de posse, explicou o presidente do PSD defendendo que "tudo tem o seu tempo". "As coisas para serem bem feitas têm de ser pensadas, maturadas", acrescentou para depois revelar ter falado com Marcelo sobre "matérias de regime e outras de carácter estrutural" bem como sobre os "estrangulamentos" que bloqueiam o desenvolvimento de Portugal e que "o país conhece". 

Rio disse aos jornalistas que para conhecer as prioridades que o PSD vai assumir sob a sua liderança será necessário esperar por aquilo que o próprio partido venha a determinar. "Os órgãos [sociais] eleitos é que vão determinar", acrescentou Rio que fez questão de abrir o campo de actuação política ao reiterar a disponibilidade para falar com "todos" os outros partidos para ouvir aquilo que "vierem a propor" para que "Portugal consiga fazer reformas que, de outra forma, não é possível fazer".

"Farei propostas mas também vou ouvir o que os outros partidos consideram prioritário", explicou notando que apesar de o PSD já saber quais são as áreas que considera "importantes", isso não significa que não exista abertura para confrontar as ideias dos sociais-democratas "com as propostas dos outros partidos".

Porém, Rio sublinhou que os "temas" que considera prioritários já foram por si enunciados na "extensa campanha" para as directas do PSD e no Congresso deste fim-de-semana, encontro em que o novo líder social-democrata destacou sete áreas de actuação: educação, saúde, justiça, sistema político, Segurança Social, descentralização e reforma do Estado. No sábado, Morais Sarmento, vice-presidente da nova Comissão Política Nacional do PSD, desafiou Marcelo a identificar os principais bloqueios do país e a ser o o pivot de entendimentos sobre as reformas que o país precisa.

O líder do PSD mostrou-se alinhado com Marcelo cuja "vontade é obviamente que haja diálogo entre os partidos, não entre dois partidos (...) mas todos". Assumiu que além dos encontros trimestrais das delegações partidárias com o Presidente, também Rio manterá "outros encontros" com Marcelo. Rio confirmou ainda que, em breve, se irá reunir com o primeiro-ministro, António Costa, e com a líder do CDS, Assunção Cristas, encontros com data por definir.  

Rui Rio assume que o período de tempo para fazer as reformas necessárias é "muito limitado", mas afiança que "algumas coisas podem ser feitas" até ao início apertado calendário eleitoral de 2019, que além das eleições europeias de Maio terá ainda legislativas e eleições na Madeira. 

Esta manhã, à margem da cerimónia de doutoramento "honoris causa" do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, Marcelo disse que no encontro com Rio queria conhecer a "sua visão para o país, as propostas que tem a fazer". "É um diálogo que se inicia hoje" mas que vai continuar, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa que viu no Congresso do PSD "um passo importante para a democracia portuguesa".

Depois de se ter reunido na semana passada com PS, PCP, BE e CDS, Marcelo culminou agora a primeira ronda de audições aos partidos em que o Presidente tenta perceber quais são as prioridades das diferentes forças para o Orçamento do Estado para 2019.

Elina Fraga foi ausência notada

Rui Rio chegou a Belém acompanhado dos vices Isabel Meirelles, Morais Sarmento e Castro Almeida, e ainda do novo secretário-geral Feliciano Barreiras Duarte, porém Elina Fraga e Salvador Malheiro foram ausências notadas. 

A escolha destes dois nomes para a vice-presidência da Comissão Política Nacional mereceram críticas no Congresso, em especial a da antiga bastonária dos Advogados. Também David Justino, que o Público noticia que será o coordenador do programa do PSD, não compareceu.


 

(notícia actualizada às 17:10)

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