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Costa dá prioridade a fundos europeus e descentralização para negociar com Rio
O primeiro-ministro saudou a "nova disponibilidade" para dialogar demonstrada pelo novo presidente do PSD e já definiu duas áreas prioritárias para negociar com Rui Rio: o quadro comunitário pós-2020 e o programa de descentralização.
Apesar das críticas dirigidas por Rui Rio à actual solução governativa, António Costa considera que "é sempre preciso não confundir o que são as opções de Governo com aquilo que são domínios onde é essencial que haja acordos políticos o mais alargado possível envolvendo também a oposição".
Para marcar terreno, o primeiro-ministro aproveitou para desde já destacar dois "casos evidentes" que precisam de entendimentos alargados: "a estratégia de Portugal pós-2020, que pela natureza das coisas transcende esta legislatura"; e "o programa de descentralização que há mais de um ano está pendente na Assembleia da República", uma reforma que Costa não quer que "seja só desta maioria".
O também secretário-geral do PS referiu-se ainda ao encontro que terá amanhã com o novo líder social-democrata, dizendo querer "ouvir quais são as suas ideias". O que não significa que a geringonça fique ameaçada por uma maior convergência entre PS e PSD. "As minhas são conhecidas, temos uma solução governativa que tem provado bem", disse Costa.
Depois do encontro de hoje com Marcelo, Rui Rio defendeu ser ainda muito cedo para apresentar propostas concretas, admitindo abertura para negociar, não só com o PS mas com "todos os partidos", as reformas necessárias a superar os "estrangulamentos" do país.
No 37.º Congresso do PSD deste fim-de-semana, Rio apontou um conjunto de áreas prioritárias de acção: educação, saúde, Segurança Social, justiça, sistema político, descentralização e reforma do Estado. À saída do encontro laranja, a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, saudou a disponibilidade de Rio para entendimentos mas pediu ao líder do PSD "propostas concretas".
(Notícia actualizada às 20:11)