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Expresso: Passos foi alvo de cinco processos de contra-ordenação fiscal

O jornal Expresso avança que o primeiro-ministro viu serem-lhe instaurados cinco processos pelo fisco entre 2003 e 2007, que somados perfazem um total de quase 6 mil euros. Até ao momento Passos não se pronunciou sobre estes casos relatados pelo jornal.

Miguel Baltazar
Negócios 04 de Março de 2015 às 20:09
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O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho terá sido alvo de cinco processos de execução fiscal entre 2003 e 2007. O jornal Expresso avança esta quarta-feira, 4 de Março, na sua edição diária, que no historial do contribuinte Passos Coelho constam cinco processos de execução fiscal que ascendem a um montante total de perto de 6 mil euros.

 

Esta publicação responde assim à questão colocada pelo Público ao primeiro-ministro ainda na segunda-feira, e que terá permanecido sem resposta do gabinete de Passos Coelho. O Público perguntava ao líder do PSD se "confirma ou desmente que entre 2002 e 2007 foi alvo de pelo menos cinco processos de contra-ordenação e de execução fiscal motivados pelo incumprimento das suas obrigações fiscais?"

 

As referidas execuções fiscais estarão também relacionadas com o período entre 1999 e 2004, desde o término do seu mandato parlamentar na Assembleia da República, até ao momento em que o agora primeiro-ministro voltou a descontar enquanto trabalhador por conta de outrem, mais concretamente na Fomentinvest, grupo liderado por Ângelo Correia.

 

O Público escrevia no fim-de-semana que Passos Coelho não pagou qualquer contribuição à Segurança Social entre 1999 e 2004, anos em que era responsável pela área de formação da empresa Tecnoforma, onde auferia 2.500 euros através da emissão de recibos verdes. Passos Coelho trabalhou ainda, ao longo destes anos, também sob o regime de recibos verdes, na empresa LDN e na associação URBE.

 

Passos Coelho apesar de se manter em silêncio, não tendo ainda respondido, nem às questões colocadas pelos partidos da oposição, nem àquelas entretanto colocadas pelo Expresso e pelo Público, adiantava na terça-feira que "quem quiser remexer na minha vida para encontrar episódios desses não precisa de tanto trabalho nem de quebrar deveres de sigilo".

 

Esta terça-feira, na sessão de fecho das jornadas parlamentares do PSD, no Porto, o primeiro-ministro concluía que "muitas vezes na minha vida, ou me atrasei, ou entreguei na altura em o Estado me exigiu aquilo que era exigido", terminando com a garantia de que "sempre que fui instado a pagar, paguei".

 

Até ao momento, Passos Coelho também não esclareceu as dúvidas quanto à discrepância do valor voluntariamente pago à Segurança Social já depois de contactado pelo Público sobre o tema, ainda no decorrer de Janeiro deste ano. O primeiro-ministro revelou ter pago 2.880 euros à Segurança Social, mas de acordo com o Público a dívida total acumulada ascendia a 5.016 euros. 

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