PS e PSD acordaram o nome de Correia de Campos para presidente do Conselho Económico Social (CES) mas o plano saiu-lhes furado. O antigo ministro socialista foi chumbado conseguindo apenas 105 votos favoráveis dos 221 deputados que estiveram presentes, quando precisava de dois terços de aprovações. No melhor dos cenários (admitindo que os nove deputados ausentes eram dos dois maiores partidos e que todos os outros grupos parlamentares não votaram favoravelmente), conclui-se que houve pelo menos 61 deputados do PS e do PSD que ignoraram o acordo celebrado pelos seus partidos.

Segundo a mesa da Assembleia da República, citada pela Lusa, Correia de Campos teve 93 votos brancos e 23 nulos, num processo feito com voto secreto.

Após meses de impasse, na sexta-feira passada o PSD e PS chegaram a um acordo para que o socialista Correia de Campos sucedesse Luís Filipe Pereira (também antigo ministro da Saúde, mas dos executivos de Durão Barroso, PSD/CDS) no cargo de presidente do CES.

Como contrapartida da indicação de Correia de Campos para presidente do CES, o PS comprometeu-se a aceitar uma proposta do PSD quando se colocar a questão da substituição do provedor de Justiça em 2017. 
 
Já a lista única de cinco nomes proposta pelo PSD e PS para o Tribunal Constitucional alcançou hoje os dois terços de votos necessários por parte dos 221 deputados votantes, anunciou hoje a mesa da Assembleia da República. O PS propôs Cláudio Monteiro (antigo deputado independente socialista), Joana Maria Rebelo Fernandes Costa (juíza) e a magistrada Maria Clara Sottomayor (após consulta ao Bloco de Esquerda), enquanto o PSD escolheu o professor universitário Manuel da Costa Andrade e Gonçalo Almeida Ribeiro.

Também a lista de nomes apresentada pelos dois maiores partidos para o Conselho Superior de Magistratura passou no crivo dos deputados, com 165 votos favoráveis.