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CDS: "Não podemos desperdiçar o caminho que fizemos"

Nuno Magalhães do CDS defendeu que o Programa de Estabilidade é pouco credível e pediu que não se desperdicem os esforços feitos até aqui.

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O CDS defendeu esta segunda-feira 25 de Abril que Portugal não pode "desperdiçar" o caminho feito até aqui e que o Programa de Estabilidade, que vai a votos esta semana por iniciativa do CDS, precisa de ser revisto.

"É preciso discuti-lo e revê-lo", disse Nuno Magalhães, que falava no Parlamento, durante as comemorações do 25 de Abril de 1974. O deputado centrista referia-se ao Programa de Estabilidade aprovado na quinta-feira pelo Governo e que será discutido e votado pelos deputados esta semana.

Nuno Magalhães afirmou que o Programa de Estabilidade, que traça as metas económicas e orçamentais que o país assume junto da Comissão Europeia até 2020, é o "desafio imediato" do país. No entanto, o deputado considerou que o documento é "pouco credível nas projecções". "Podia e devia ser melhorado a tempo", disse.

"Não podemos desperdiçar o caminho que fizemos", sustentou, lembrando que o CDS esteve sozinho quando a Constituição da República Portuguesa foi criada há quatro décadas, uma decisão a que "o tempo veio dar razão". "Sei que hoje, como então, muitos portugueses nos compreendem", afirmou o líder parlamentar do partido.

Além disso, Nuno Magalhães referiu-se aos desafios futuros do país: a "dívida pública é ainda muito grande e temos de a reduzir", disse o deputado, acrescentando algumas mudanças que o partido defende. São precisas "entidades regulatórias com independência democrática, mas que sejam fiscalizáveis".

O CDS tem sido um dos partidos mais críticos do Banco de Portugal, estando neste campo mais perto dos partidos à esquerda, deixando o PSD isolado a defender o governador do banco central.
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