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Marcelo: "Verdadeiramente importante é a Comissão Europeia"

O Presidente da República respondeu assim à análise que o Conselho de Finanças Públicas, liderado por Teodora Cardoso, fez do Programa de Estabilidade do Governo. "Essa", da Comissão Europeia "é a palavra importante".

Bruno Simão
22 de Abril de 2016 às 14:12
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O Presidente da República referiu-se esta sexta-feira à análise do Conselho de Finanças Públicas (CFP) ao Programa de Estabilidade do Governo – que, entre outros, criticou o facto de o Executivo não ter alterado a sua estimativa para o crescimento do PIB no documento -, considerando que "verdadeiramente importante" é a opinião da Comissão Europeia.

"O Conselho de Finanças Públicas é um órgão muito importante, mas com o devido respeito, verdadeiramente importante é a Comissão Europeia. O que nos interessa é saber se a Comissão Europeia considera demasiado optimistas, se aceita ou não os números. Essa é a palavra importante. Todas as outras são muito importantes para a nossa reflexão, mas as da Comissão são decisivas", disse Marcelo Rebelo de Sousa esta sexta-feira, 22 de Abril, aos jornalistas em Évora.

Num relatório conhecido esta sexta-feira, a instituição liderada por Teodora Cardoso diz que as projecções que constam no Programa de Estabilidade "envolvem um elevado grau de incerteza" e não incorporam riscos consideráveis no curto e médio prazos, deixando vários alertas e recomendações.

"Seria de esperar um ajustamento da estimativa para 2016, não só pela incorporação de informação mais actualizada de séries temporais e indicadores avançados de conjuntura económica, como também devido à publicação das Contas Nacionais para o ano de 2015", refere o relatório do CPF publicado esta sexta-feira, 22 de Abril.

O CFP assinala ainda que a estimativa do Governo para o crescimento real do PIB em 2016 (1,8%) está acima das projecções das principais instituições oficiais (entre 1,4% e 1,7%).

As afirmações de Marcelo Rebelo de Sousa surgem depois de, nas últimas semanas e por várias ocasiões, o Presidente da República ter sugerido subscrever ou apoiar a acção do Governo em declarações públicas, nomeadamente dando o benefício da dúvida ao Executivo no caso do Orçamento do Estado para 2016, na intervenção no sistema financeiro - como nas negociações entre a Santoro e o CaixaBank no caso BPI ou na manutenção da CGD como banco público.

Ainda esta semana se disse "muito esperançado" na reacção positiva de Bruxelas aos programas do Governo e já esta quinta-feira, em declarações em Portalegre, considerou que "o sucesso da governação é o sucesso de Portugal". "Eu quero que eles [responsáveis pela governação] tenham sucesso, porque o sucesso da governação de Portugal é o sucesso de Portugal". 

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