"Não serão necessárias medidas extraordinárias. Nem hoje, nem amanhã." Esta foi a garantia deixada esta quinta-feira, 21 de Abril, por António Costa, poucas horas após o seu ministro das Finanças ter assegurado que o Governo não vai apresentar um plano B. Para o primeiro-ministro o Programa de Estabilidade mostra que o "país retomou a estabilidade e a normalidade". "Estamos em condições de assumir os compromissos que assumimos com os portugueses, na Assembleia da República e com a União Europeia", afirmou o chefe do Governo à margem do lançamento da iniciativa "Indústria 4.0" em Ílhavo.

António Costa garantiu assim que não vai haver aumento do IVA, que o IVA da restauração vai ser reduzido e que os rendimentos dos funcionários públicos vão ser repostos. "Já dissemos várias vezes que aquilo que Bruxelas exigiu - e só - é que as medidas adicionais eram para ser adoptadas se e quando necessário. Os dados da execução orçamental mostram que não é necessário adoptar medidas adicionais. Portanto, não vão ser adoptadas medidas adicionais" para alcançar a meta orçamental de 2017. Este objectivo exige uma redução de 1.400 milhões de euros, que, segundo Costa, resultará "das perspectivas de crescimento da economia e da gestão rigorosa de não deixar a despesa derrapar para além daquilo que são as receitas previstas.

"O défice não se reduz pelo aumento de impostos. Se assim fosse tudo se tinha resolvido ao longo dos últimos quatro anos de grande sangria fiscal", acrescentou António Costa.

(Notícia actualizada às 18:41)