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Assunção Cristas sobre caso Centeno/Domingues: "Para nós isto não são tricas"

A líder do CDS pega na expressão hoje usada por António Costa para insistir que o Governo tem de esclarecer o processo de indicação de António Domingues para a CGD.

Há vida para além de Portas: A saída de Paulo Portas abriu uma frente de batalha no CDS. Mas as trincheiras ficaram, desde cedo, definidas: de um lado posicionou-se o eurodeputado Nuno Melo, muito popular entre as bases; do outro, Assunção Cristas, que era a preferida fora do partido. Nuno Melo acabaria por recuar e Assunção Cristas teve caminho aberto para se tornar a primeira mulher líder do CDS. É candidata à Câmara de Lisboa.
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10 de Fevereiro de 2017 às 17:32
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A líder centrista insiste em que o Governo "reponha a verdade" no que diz respeito ao processo de indicação de António Domingues para a liderança da Caixa, nomeadamente depois de o Executivo ter negado que tenha havido comunicações com o Ministério das Finanças a garantir que Domingues ficaria isento de mostrar os seus rendimentos e património ao Tribunal Constitucional para assumir o cargo.


"Exigimos que seja reposta a verdade. É algo relevante, é muito sério. Tudo faremos dentro da comissão de inquérito para que seja claro, aos olhos de todos, o que se passou," afirmou Assunção Cristas esta sexta-feira, 10 de Fevereiro, em declarações transmitidas pela RTP3.


Nas respostas aos jornalistas, Cristas pegou na expressão utilizada pelo primeiro-ministro António Costa esta manhã (e a que ontem à noite também Manuela Ferreira Leite tinha recorrido) para dizer: "Para nós isto não são tricas. Dizer a verdade é sério, dizer mentira é grave," afirmou, recusando no entanto dizer se o CDS vai fazer uma participação criminal contra Mário Centeno, como foi sugerido pelos centristas nos últimos dias.


Assunção Cristas reiterou que há discrepâncias entre o que respondeu o Ministério das Finanças – "Não há nenhuma comunicação a reportar" no âmbito da troca de correspondência entre Centeno e Domingues – e a documentação que acabou por ser remetida por António Domingues à comissão de inquérito.


"Alguém está interessado em ocultar a verdade neste processo. É lamentável", concluiu.

É a terceira vez em menos de 24 horas que o CDS se pronuncia sobre o assunto. Ontem numa conferência de imprensa acusou Centeno de faltar à verdade ao dizer que "inexistia" uma troca de comunicações entre o ministério e o gestor, quando afinal Domingues remeteu esses documentos ao parlamento. E já hoje, num comunicado, acusou o Governo de tentar "ocultar as comunicações" com Domingues, pedindo esclarecimentos sobre se houve mensagens SMS trocadas entre os dois lados.

Logo depois da conferência de imprensa de ontem, em que o CDS sugeriu implicações judiciais do caso, o ministério de Mário Centeno reagiu em comunicado denunciando uma "vil tentativa de assassinato de carácter".

(Notícia actualizada às 17:41 com mais informação)

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