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Vice-presidente da Fed admite quatro aumentos dos juros em 2016

Stanley Fischer revelou que os membros da Fed acreditam que este ano poderão registar-se mais quatro aumentos da taxa de juro directora do país. Ainda assim, o abrandamento económico da China pode dificultar a concretização desta meta.

Bloomberg
06 de Janeiro de 2016 às 16:43
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Depois de em Dezembro último a Reserva Federal dos Estados Unidos ter decretado a primeira subida da taxa de juro directora desde 2006, o vice-presidente da instituição, Stanley Fischer (na foto), veio agora revelar que os governadores da Fed estimam que em 2016 poderão verificar-se quatro aumentos dos juros.

 

O número dois de Janet Yellen anunciou que os membros da Fed estimam estar na calha que no presente ano se verifiquem mais quatro aumentos da taxa de juro. As declarações de Fischer surgem cerca de três semanas depois de a Fed ter elevado o intervalo dos juros de entre 0% e 0,25% para 0,25% e 0,5%.

 

No entanto, o vice-presidente da Fed lembra que o abrandamento da economia chinesa, bem como outros factores de incerteza que venham a surgir, poderão determinar mudanças àquela que é a intenção da autoridade monetária norte-americana.

 

"A razão pela qual nos encontramos oito vezes por ano é porque as coisas acontecem, e à medida que acontecem é preciso ajustar as políticas", explicou Stanley Fischer citado pela agência Bloomberg. Pelo que admite que "não sabemos o suficiente neste momento" para afiançar a quantidade de aumentos dos juros que haverá em 2016.

Depois da reunião de Dezembro em que a Fed anunciou o aumento do custo do dinheiro, a instituição divulgou também a projecção trimestral para as condições económicas, com a média das estimativas a apontar para uma taxa de juro directora de 1,4% no final de 2016.

 

A Reserva Federal já reiterou por diversas vezes que pretende prosseguir uma trajectória de subida dos juros. Mas garantiu também que este aumento ocorrerá de forma gradualPorque além de considerar fundamental não colocar em causa a recuperação da economia dos Estados Unidos, permanecem preocupantes os sinais vindos daquela que é a segunda maior economia do mundo.

 

Stanley Fischer sublinha existirem "níveis de incerteza que subiram um pouco", numa alusão aos novos dados que indiciam que a economia chinesa pode registar uma travagem mais brusca do que inicialmente antecipado.

 

Até porque "se os vizinhos da China e outras importantes economias mundiais forem negativamente afectadas" por Pequim, estão "poderá haver um impacto", reconhece o economista.

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