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Fecho dos mercados: Bolsas no “vermelho” e petróleo abaixo dos 35 dólares

As bolsas europeias regressaram às quedas, pressionadas pelos receios em torno do crescimento da economia chinesa. O petróleo afundou para novos mínimos de 2004, valendo menos de 35 dólares em Londres.

Staton R Winter/Bloomberg
06 de Janeiro de 2016 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,98% para 5.163,99 pontos

Stoxx 600 caiu 1,26% para 354,35 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,88% para 1998,97 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 0,6 pontos base para 2,519%

Euro avança 0,09% para 1,0758 dólares

Petróleo cai 5,05% para 34,58 dólares por barril, em Londres

 

China continua a pressionar acções europeias

As principais praças europeias encerraram no vermelho, depois da ligeira recuperação na sessão anterior das fortes perdas que marcaram o arranque do ano. O índice de referência Stoxx 600 caiu 1,26% para 354,35 pontos, esta quarta-feira. As produtoras de matérias-primas e as fabricantes de automóveis, com elevada exposição à economia chinesa, lideraram as perdas. Entre as principais praças europeias, Itália (na foto) registou o pior desempenho, ao cair 2,67%. Seguiu-se o espanhol Ibex-35, que recuou 1,48%.

Em Lisboa, o PSI-20 recuou 0,98% para 5.163,99 pontos, pela quinta sessão consecutiva. A Galp Energia e o BCP foram as cotadas que mais pressionaram o índice de referência nacional. A petrolífera recuou 2,24% para 9,83 euros, numa sessão de fortes quedas no preço do petróleo. O banco perdeu 3% para 0,0485 euros.

Juros sobem em contraciclo

As taxas de juro da dívida soberana portuguesa registaram uma subida ligeira, contrariando a tendência de queda na Europa. A "yield" das obrigações a 10 anos, considerada a maturidade de referência, avançou 0,6 pontos base para 2,519%. Pelo contrário, os juros da Alemanha caíram 3,7 pontos base para 0,503%, levando o "spread" a subir para 201,6 pontos.

 

Euribor a três meses fixa novo mínimo histórico

As taxas Euribor a três, seis e 12 meses recuaram esta quarta-feira. A Euribor a três meses recuou do anterior mínimo histórico, de -0,133% para -0,136. A taxa a seis meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação em Portugal, também recuou de -0,041% para -0,044%. Mantém-se, assim, acima do actual mínimo histórico de -0,051%, fixado a 3 de Dezembro. A Euribor a nove meses ficou inalterada em 0,002%. A taxa a 12 meses caiu para 0,056%.

 

Euro avança após quatro sessões em queda

O euro está a subir 0,09%, esta quarta-feira, após quatro sessões em queda. A moeda única já avançou um máximo de 0,23% para 1,0773 dólares e recuou até aos 1,0716 dólares, ao desvalorizar 0,30% durante a sessão. A marcar o par cambial está a expectativa em torno do conteúdo das minutas da última reunião da Reserva Federal, que será divulgado esta quarta-feira, com indicações sobre a política monetária nos EUA.

Petróleo afunda para mínimos de 2004

O petróleo está a afundar nos mercados internacionais, pressionado pelo excesso de oferta nos mercados e pela perspectiva de uma menor procura, devido ao abrandamento da China. A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos divulgou, esta quarta-feira, que as reservas de gasolina aumentaram em mais de 10 milhões de barris na semana passada, o maior aumento semanal desde 1993. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para Portugal, está a afundar 5,08% para 34,57 euros, um mínimo de Junho de 2004. O West Texas Intermediate (WTI) negociado em Nova Iorque está a cair 4,53% para 34,34 dólares.

 

Ouro regista maior série de ganhos desde Outubro

O ouro está a valorizar pela terceira sessão consecutiva, algo que já não acontecia desde Outubro. Com o acentuar das tensões geopolíticas – esta quarta-feira a Coreia do Norte revelou deter uma bomba de hidrogénio - e as quedas nas bolsas, provocadas pelos receios em torno do abrandamento da economia chinesa, os investidores estão a apostar no activo de "refúgio". O metal precioso chegou a apreciar 1,43% para 1.093,08 dólares, o valor mais elevado desde 4 de Dezembro. Segue a subir 1,19% para 1.090,55 dólares.

 

Destaques do dia

 

Vice-presidente da Fed admite quatro aumentos dos juros em 2016. Stanley Fischer revelou que os membros da Fed acreditam que este ano poderão registar-se mais quatro aumentos da taxa de juro directora do país. Ainda assim, o abrandamento económico da China pode dificultar a concretização desta meta.

 

Fabricantes automóveis, empresas de consumo e mineiras no olho do furacão chinês. As empresas que realizam mais de 20% das suas vendas para a China estão a ser mais castigadas pela crise na região. Os sectores automóvel, do consumo e das matérias-primas estão na linha de fogo.

 

Marc Faber: "Há uma bolha colossal no crédito na China". Marc Faber mantém-se cauteloso para a China, realçando que os sinais de abrandamento no país eram evidentes há dois anos.

 

Yuan cai para mínimos de cinco anos e acções sobem após intervenção. A desvalorização da taxa de referência da moeda levou o yuan para mínimos de cinco anos, enquanto as bolsas chinesas registaram uma recuperação de cerca de 2%.

Bancos vão pagar mais ao Fundo de Resolução em 2016. As contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução vão aumentar este ano, apesar de este mecanismo já só servir para suportar os custos das intervenções no Novo Banco e no Banif. A taxa sobe de 0,015% para 0,02%.

Capacidade da Coreia do Norte para ter uma bomba de hidrogénio gera onda de cepticismo. Países e especialistas nucleares mantêm algum cepticismo quanto à veracidade da reivindicação norte-coreana, que afiança ter feito um teste bem-sucedido a uma bomba de hidrogénio. Saiba o que é uma bomba H.

Depois de corte com Irão, Arábia Saudita quer intensificar relações com a Rússia. A Arábia Saudita quer aumentar as relações comerciais com a Rússia, num momento marcado pela tensão no Médio Oriente.

 

 

O que vai acontecer amanhã

 

Dados económicos na Zona Euro. O Eurostat publica a taxa de desemprego, na Zona Euro, em Novembro. Serão também divulgados os indicadores de confiança face à economia e de clima empresarial, ambos para Dezembro, assim como as vendas a retalho, em Novembro. A Markit publica ainda o índice de gestores de compras (PMI) para o retalho.

Desemprego nos EUA. O governo norte-americano publica os dados semanais dos novos pedidos e pedidos continuados de subsídios de desemprego.

 

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