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Subida de juros da Fed? Talvez tenha de se esperar até início de 2018

Após o resultado do referendo no Reino Unido, as probabilidades atribuídas pelo mercado para a subida de juros nos EUA caíram a pique.

Bloomberg
29 de Junho de 2016 às 10:13
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A tarefa de Janet Yellen em prosseguir com a normalização das taxas de juro nos EUA aparenta estar cada vez mais complicada. Após vários adiamentos, a Reserva Federal dos EUA fez a primeira subida dos juros em quase uma década no final de 2015, para entre 0,25% e 0,50%. Mas tem mostrado cautelas em decidir novos aumentos. E a julgar pela cotação de instrumentos financeiros derivados de mercado monetário, o mercado está a incorporar como o cenário mais provável que as taxas só voltem a subir no início de 2018.

Após o resultado do referendo no Reino Unido, as probabilidades atribuídas a uma subida de juros nos EUA caíram a pique, segundo a Bloomberg. Para as reuniões que a Fed irá fazer até Novembro, a possibilidade de uma subida de juros é de 0%, tendo em conta a cotação dos instrumentos derivados de mercado monetário. E em Dezembro, a probabilidade atribuída é de apenas 8,6%. E no final de 2017 é de 39,8%. De referir que à medida que o mercado vai dispondo de nova informação sobre a economia dos EUA, pode ajustar rapidamente as probabilidades atribuídas à subida dos juros.

"O preço dos futuros alterou-se dramaticamente desde o voto no Brexit", observaram os especialistas da Pictet numa nota a investidores. E relembram que antes do referendo, o mercado atribuía uma probabilidade de 36% de uma subida dos juros em Setembro. Em Maio os investidores tinham totalmente reflectido no preço um aumento das taxas no final do terceiro trimestre.

A conclusão é que após o referendo no Reino Unido, a política da Fed de normalização será provavelmente adiada", refere a Pictet. Apesar desta convicção, mostram uma perspectiva sobre a evolução dos juros na maior economia do mundo acima do consenso do mercado. "Esperamos agora uma subida em Dezembro (em vez de Setembro) e duas subidas em 2017 em vez de três".

Já os analistas do Rabobank consideraram, numa nota de investimento, que o impacto do resultado do referendo "irá pesar na confiança na Europa e fora dela numa altura em que a fraqueza da recuperação era já desapontante". E defendem que isso é mais um obstáculo à política de normalização das taxas na maior economia do mundo. 

O quadro em baixo, da Bloomberg, mostra as probabilidades atribuídas pelo mercado para subidas ou descidas das taxas nas próximas reuniões e a evolução das expectativas nos últimos meses.


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