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Fed não mexeu nos juros em Junho devido às incertezas no mercado de trabalho
A Reserva Federal norte-americana manteve inalteradas as taxas de juro de referência na reunião do mês passado, uma vez que o intensificar de incertezas em torno do mercado laboral nos EUA e a instabilidade financeira pesaram nas perspectivas para a economia, revelou esta quarta-feira a autoridade monetária do país.
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As minutas da reunião da Fed de 14 e 15 de Junho mostram que o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) considerou prudente esperar pelo resultado do referendo britânico de 23 de Junho, relativo à permanência do Reino Unido na União Europeia – que se saldou numa vitória do Brexit.
O FOMC ponderou também a saúde da economia norte-americana e a trajectória de longo prazo para o aumento das taxas de juro. O abrandamento nas contratações esteve entre as principais preocupações, referem as minutas.
Apesar de os participantes terem concordado, de forma geral, que se deve evitar uma reacção exagerada a um ou dois relatórios sobre o mercado de trabalho, as implicações dos mais recentes dados do emprego foram vistas como "incertas", sublinha o documento.
A Fed, recorde-se, iniciou o movimento de subida das taxas de juro em Dezembro do ano passado, tendo os juros directores aumentado para um intervalo compreendido entre 025% e 0,50% - desde Dezembro de 2008 que estavam fixados no mais baixo nível de sempre, entre 0% e 0,25%.
Desde então, tem-se especulado quanto ao timing que o banco central norte-americano escolherá para prosseguir com este movimento mas a incerteza em torno do referendo britânico, das eleições em Espanha e das convenções dos partidos políticos este mês nos EUA convidou à prudência, num contexto de turbulência nos mercados financeiros e de um débil crescimento a nível mundial.