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Fed mantém taxas de juro e vê menos riscos de curto prazo

O Comité Federal do Mercado Aberto da Reserva Federal dos EUA manteve a taxa de juro entre 0,25% e 0,50%. Mas considera que os riscos de curto prazo desceram.

8. Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos EUA
Bloomberg
27 de Julho de 2016 às 19:04
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A Reserva Federal dos EUA cumpriu com o antecipado pelos economistas. Manteve a taxa dos fundos federais entre 0,25% e 0,50% mas salientou uma melhoria dos indicadores na maior economia do mundo. A entidade liderada por Janet Yellen salientou, em comunicado, que "a informação recebida desde a última reunião de Junho indica que o mercado laboral se fortaleceu e que a actividade económica se expandiu a um ritmo moderado".

Esses factores levaram a Fed a considerar que "os riscos de curto prazo para as perspectivas económicas diminuíram". Estas pistas deixadas pela Reserva Federal dos EUA podem indiciar que Janet Yellen mantém em aberto a opção de subir as taxas de juro na reunião de Setembro. O comunicado indicou, no entanto, que o Comité Federal do Mercado Aberto continuará "a monitorizar de perto os indicadores da inflação e os desenvolvimentos económicos e financeiros globais".

"Soa a que o Comité Federal do Mercado Aberto está a preparar o terreno para outra subida dos juros nos próximos meses" referiu Minh Trang, "trader" cambial do Silicon Valley Bank, citado pela Bloomberg. Já o Commerzbank refere, numa nota a investidores, que o teor do comunicado trará novamente o foco para a possibilidade de subidas das taxas. A última vez que a Fed subiu as taxas de juro foi em Dezembro, fazendo-o pela primeira vez em mais de uma década e após os juros terem sido cortados para mínimos durante a crise financeira. A entidade está em processo de normalização dos juros, mas tem adiado novas subidas, devido a factores globais.

A expectativa de que a entidade liderada por Janet Yellen colocasse a subida das taxas em pausa, em simultâneo com a perspectiva de que o BCE e o Banco do Japão aumentassem a dose de estímulos, tem permitido um comportamento positivo dos mercados financeiros nas últimas semanas. No final de Junho, após o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Euroepia, os futuros sobre a taxa de fundos federais mostravam que o mercado atribuía uma probabilidade próxima de zero para que a Fed subisse os juros ainda este ano.

No entanto, com a maior acalmia do mercado e dados os indicadores económicos que têm saído nos EUA, os investidores começam a atribuir uma maior probabilidade a uma subida nos próximos meses. Logo após a Fed ter divulgado o comunicado sobre as decisões de política monetária, os futuros apontavam para uma probabilidade de 30% para que exista uma subida em Setembro, segundo dados da Bloomberg.  


(Notícia actualizada às 19:27 com mais informação)

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