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Fed diz que economia cresceu a um ritmo modesto

Entre meados de Maio e 1 de Julho, a economia dos Estados Unidos expandiu-se a um ritmo modesto, num contexto de "ligeiras" pressões dos preços e de algum abrandamento dos gastos dos consumidores, refere o Livro Bege da Reserva Federal.

Bloomberg
13 de Julho de 2016 às 19:55
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A Reserva Federal norte-americana anunciou esta quarta-feira, no seu Livro Bege, que o panorama do país foi "generalizadamente positivo" em vastos segmentos da economia, incluindo as vendas a retalho, actividade industrial e imobiliário entre meados de Maio e 1 de Julho.

 

As 12 regiões distritais abrangidas por esta análise do Livro Bege – que se baseia em sondagens económicas levadas a cabo pelos bancos regionais da Fed em todo o país e que é publicado oito vezes por ano – reportaram um crescimento que estimam que se manterá modesto. 

 

"As condições do mercado laboral mantiveram-se estáveis, com o emprego a crescer de forma modesta desde o último relatório e com as pressões sobre os salários a manterem-se entre modestas a moderadas", sublinha a autoridade monetária dos EUA. 

 

O relatório também revelou uma fraca inflação, se bem que a maioria dos distritos tenha reportado uma pressão altista sobre os preços dos factores de produção. 

 

Entre as 12 regiões abrangidas por esta análise da Reserva Federal à economia norte-americana – que correspondem aos "distritos" onde actuam os 12 bancos regionais da Fed – Atlanta estima que a economia da região cresceu 2,3% de Abril até Junho, o que o torna no mais forte período de três meses desde o segundo trimestre do ano passado. 

 

O Livro Bege é divulgado duas semanas antes de os responsáveis da Fed tomarem nova decisão quanto à política monetária do país. A próxima reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) da Fed está agendada para 26 e 27 de Julho, em Washington. 

 

Os investidores inquiridos pela Bloomberg apontam para uma probabilidade inferior a 5% de um aumento dos juros de referência pela Fed na reunião deste mês. 

 

A Fed, recorde-se, iniciou o movimento de subida das taxas de juro em Dezembro do ano passado, tendo os juros directores aumentado para um intervalo compreendido entre 025% e 0,50% - desde Dezembro de 2008 que estavam fixados no mais baixo nível de sempre, entre 0% e 0,25%. 

 

Depois deste primeiro aumento da taxa de juro de referência, tudo apontava para que a Fed voltasse a fazê-lo ainda este Verão, mas o resultado do referendo britânico à permanência na União Europeia trouxe mais precaução à autoridade monetária liderada por Janet Yellen. 

 

A Reserva Federal manteve inalteradas as taxas directoras na reunião do mês passado, uma vez que o intensificar de incertezas em torno do mercado laboral nos EUA e a instabilidade financeira também pesaram nas perspectivas para a economia, revelou na semana passada a autoridade monetária do país. 

 

As minutas da reunião da Fed de 14 e 15 de Junho mostram que o FOMC considerou igualmente prudente esperar pelo resultado do referendo britânico de 23 de Junho, relativo à permanência do Reino Unido na União Europeia – que se saldou numa vitória do Brexit.

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