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Dudley: Subida dos juros em Setembro “é possível”

Oito meses depois da primeira subida dos juros numa década, a instituição monetária dos EUA continua sem actuar. Mas o presidente da Fed de Nova Iorque diz que isso poderá acontecer dentro de um mês e alerta que, actualmente, os mercados estão a ser "complacentes".

16 de Agosto de 2016 às 16:06
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A economia norte-americana tem revelado alguns sinais de abrandamento. Mas por cada indicador desanimador, surge logo outro a revelar robustez. A dúvida recai, por isso, na próxima subida dos juros pela Reserva Federal dos EUA. No entanto, pela segunda vez em duas semanas, surge um membro do banco central a apontar para Setembro. Agora, foi a vez de William Dudley, o presidente da Fed de Nova Iorque.

"Estamos a aproximar-nos de uma altura em que será apropriado, penso eu, voltar a subir a taxa de juro de referência", disse William Dudley esta terça-feira, 16 de Agosto, à Fox Business Network. Citado pela Bloomberg, o também vice-presidente do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla anglo-saxónica) defendeu que "o mercado está complacente" face às subidas dos juros em 2016.

Actualmente, os contractos de futuros têm uma probabilidade implícita de 24% de subida dos juros em Setembro. A reunião da Fed acontecerá a 21 desse mês, sendo que a seguinte será apenas em Novembro. E, mesmo para esse encontro, o mercado não está muito optimista: a probabilidade é de 30,1%. Já para a reunião de 14 de Dezembro, a probabilidade de os juros estarem acima do intervalo actual – entre 0,25% e 0,50% - é de 50,8%.

"Antecipamos um crescimento na segunda metade do ano que será maior do que o registado na primeira metade", disse ainda William Dudley, argumentando, assim, que a evolução da economia continuará favorável a uma subida dos juros. Mas já no início do mês, Robert Kaplan havia defendido isso mesmo. Em entrevista à Bloomberg TV em Pequim, o presidente da Fed de Dallas salientou que vários dados económicos serão conhecidos até à reunião.

Por isso, defendeu, "Setembro está mesmo em cima da mesa, mas penso que teremos de ver como os acontecimentos se desenvolvem e, por isso, é muito cedo para chegar a uma conclusão". Mas atirou ainda que a expectativa é que "o consumo será forte em 2016", sendo que é necessário esperar pelos próximos dados para compreender qual é a tendência actual.
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