O PSI-20 fechou a sessão bolsista desta quarta-feira, 17 de Agosto, a deslizar 1,11% para 4.704,87 pontos, com 14 cotadas a negociar em queda, três em alta e uma inalterada, no terceiro dia seguido a perder valor e em que o principal índice nacional transaccionou em mínimos de Agosto.

 

A bolsa lisboeta acompanhou a tendência verificada na generalidade das principais praças europeias, num dia em que o índice de referência europeu (Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas do Velho Continente) tocou no valor mais baixo desde 5 de Agosto.

 

Foi mesmo a quarta sessão consecutiva em que o Stoxx 600 negociou em queda, a mais longa série de perdas em dois meses, com os investidores a mostrarem apreensão quanto à possibilidade de a Reserva Federal dos Estados Unidos voltar a elevar os juros ainda este ano.

 

Também Wall Street está no vermelho depois de o presidente da Fed de Nova Iorque, William Dudley, ter admitido que os juros nos Estados Unidos podem subir já na reunião da Reserva Federal que terá lugar em Setembro.

 

No plano nacional, a Jerónimo Martins foi a cotada que mais penalizou ao perder 2,17% para 14,62 euros. Também o grupo EDP volta a merecer destaque pela negativa, com a EDP a resvalar 2,05% para 3,003 euros e a EDP Renováveis a recuar 1,87% para 6,939 euros.

O BCP resvalou 2,67% para 0,0182 euros, ainda influenciado pela subida das taxas de juro implícitas na dívida pública portuguesa depois de ontem a DBRS ter referido preocupação face ao abrandamento da economia portuguesa no segundo trimestre deste ano. Ainda na banca, o BPI cedeu 0,63% para 1,112 euros.

Nota negativa ainda para os CTT que desvalorizaram 1,57% para 6,789 euros, isto depois de ontem os correios nacionais terem comunicado à CMVM que o fundo soberano Norges Bank reforçou a participação no capital social da cotada.

A travar uma maior queda da praça lisboeta esteve a Galp Energia, que ganhou 0,53% para 13,36 euros numa altura em que o petróleo segue em alta nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, transaccionado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, segue a subir 0,28% para 49,37 dólares por barril. 

Nota positiva também para a Sonae que amanhã apresenta resultados e somou 0,45% para 0,673 euros na sessão desta quarta-feira. 

(Notícia actualizada às 16:53)