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Wall Street arrefece depois de declarações da Fed

As palavras de responsáveis da Reserva Federal, que sinalizam condições para novo aumento em breve dos juros, temperaram os ânimos nas bolsas norte-americanas, que recuaram dos recordes máximos batidos ontem.

Reuters
16 de Agosto de 2016 às 21:30
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Depois dos máximos históricos conquistados na primeira sessão da semana, os principais índices bolsistas de Nova Iorque encerraram o dia em queda generalizada, a digerirem afirmações de responsáveis da Reserva Federal norte-americana sobre o timing do aumento de juros na maior economia do mundo.

A maior queda da sessão coube ao tecnológico Nasdaq, que ontem se tinha destacado pela maior valorização do dia. Encerrou esta terça-feira, 16 de Agosto, a ceder 0,66% para 5.227,11 pontos, depois de três sessões a ganhar valor. O S&P 500 fechou a perder 0,55% para 2.178,15 pontos ao passo que o industrial Dow Jones ficou com perdas abaixo de meio por cento: -0,45% para 18.552,02 pontos.

A marcar o dia estiveram declarações do presidente da Reserva de Nova Iorque, William Dudley, que na véspera de serem conhecidas as actas da mais recente reunião do comité de política monetária da Reserva Federal, aumentou a expectativa de que o organismo liderado por Janet Yellen possa mesmo decidir novo aumento de juros já no encontro de Setembro.

A acrescentar a este cenário de aumento dos juros – ao arrepio do que fazem na Europa o BCE e o Banco de Inglaterra e na Ásia o Banco do Japão – estão também palavras do presidente da Reserva de Atlanta, Dennis Lockhart, que se mostrou confiante num crescimento da actividade económica, condição que pode suportar a continuação da retirada de estímulos no próximo ano.

"Dudley teve um impacto no mercado. (…) O mercado ainda não está a reflecti-lo, mas a verdade é que há muitas pessoas à espera [de um aumento dos juros em 2016]", disse à Bloomberg Justin Lederer, da Cantor Fitzgerald.  Para os analistas sondados por aquela agência de notícias, há 22% de hipóteses de Yellen vir a decretá-lo já na reunião de 21 e 22 de Setembro.

Perante as declarações de responsáveis da Fed e a divulgação de dados de avanço na actividade da construção e da produção industrial, o dólar atenuou as perdas ao longo do dia, fechando ainda assim o terceiro dia negativo, a cair 0,86% para 0,8865 euros.

A sessão foi ainda marcada por novas valorizações no preço do barril de petróleo, perante especulação de que os principais produtores possam chegar a acordo para manter os níveis de produção, contrariando assim os sinais de excesso de oferta a nível internacional.

Os ganhos foram mais evidentes na unidade cotada em Nova Iorque, a somar a quarta sessão positiva na maior série positiva desde Abril, valorizando 2,01% para 46,66 dólares. Em Londres, o barril de brent seguia na maior série de valorizações desde Março, também a ganhar valor pela quarta sessão, no caso com um avanço de 1,9% para 49,27 dólares. 

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