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Fed: Brexit terá "repercussões económicas significativas"

Caso os britânicos decidam sair da UE, a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), Janet Yellen, antecipa uma vaga de turbolência capaz de afectar a economia global.

8. Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos EUA
Bloomberg
21 de Junho de 2016 às 16:45
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A presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), Janet Yellen, alertou esta terça-feira, 21 de Junho, que uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) pode ter "repercussões significativas" na economia norte-americana e global.

 

"Um acontecimento que pode alterar a confiança dos investidores é o referendo no Reino Unido. Uma vitória da saída do país da União Europeia pode ter repercussões económicas significativas", afirmou Janet Yellen, numa audição no Congresso norte-americano, em Washington, acrescentando que a Fed vai acompanhar de perto a votação.

 

A dois dias do referendo que decidirá a permanência - ou saída - do Reino Unido da União Europeia, a presidente da Fed admitiu que esta votação é um dos riscos que as economias norte-americana e global enfrentam.

 

Além disso, Jannet Yellen afirmou que a economia dos Estados Unidos enfrenta uma "incerteza considerável", devido a um abrandamento da actividade interna.

 

Apontando para um abrandamento nas contratações e no investimento, e para os choques de um eventual Brexit nos mercados internacionais, Jannet Yellen admitiu que a Fed está agora menos optimista quanto ao crescimento norte-americano no curto prazo.


"Mantêm-se incertezas importantes quanto à previsão económica", afirmou, lembrando os números mais recentes do mercado de trabalho norte-americano e o ritmo baixo do investimento, que ilustram "um risco descendente de que a procura interna pode cair".


Apesar das preocupações no curto prazo, a presidente da Fed reiterou que o organismo permanece confiante no médio prazo, estimando que o crescimento económico vai permanecer moderado, que as companhias vão continuar a contratar trabalhadores num ritmo constante e que a inflação vai recuperar.


Os britânicos decidem na quinta-feira se o Reino Unido continua como membro da União Europeia ou sai, num referendo que se espera participado e disputado e que ameaça provocar turbulência económica e política em caso de Brexit.

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