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Cameron pede voto no "sim" à Europa em nome das gerações mais jovens

Na recta final da campanha, que foi suspensa durante três dias após o brutal assassinato de Jo Cox, deputada trabalhista pró-europeia, cada lado em disputa intensificou as acções para cativar os indecisos.

Reuters
Negócios 21 de Junho de 2016 às 17:59
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A dois dias do referendo, David Cameron fez esta tarde mais um apelo dramático aos britânicos, pedindo-lhes que votem "sim" à permanência do Reino Unido na União Europeia. Numa referência implícita aos mais velhos, que as sondagens sugerem ser os mais adeptos do Brexit, o primeiro-ministro pediu expressamente que se vote nesta quinta-feira pensando "na esperança e nos sonhos" das futuras gerações.

Na UE, os britânicos "têm o melhor dos dois mundos. Pensem nos sonhos e nas esperanças dos vossos filhos", alertou Cameron numa declaração que não estava agendada feita junto à entrada da residência oficial do primeiro-ministro em Downing Street, em Londres.

O primeiro-ministro britânico repetiu que a eventual saída do país da UE vai prejudicar a economia, representando um "enorme risco" para famílias e empregos. "Acima de tudo é sobre a nossa economia", disse David Cameron.

O país, acrescentou, "será mais forte se ficarmos. Será mais fraco se sairmos. E é um enorme risco para o Reino Unido, para as famílias britânicas, para os empregos britânicos. E vai ser irreversível. Não podemos voltar atrás", afirmou.

 

Na recta final da campanha, que foi suspensa durante três dias após o brutal assassinato de Jo Cox, deputada trabalhista pró-europeia, cada lado em disputa intensificou as acções para cativar os indecisos, em especial nas redes sociais. Do lado do "Remain" surgiram alguns nomes de peso. Foi o caso de George Soros, o bilionário que apostou contra a libra em 1992 e que escreveu um texto no Guardian, mas também de David Beckham, ex-capitão da selecção de futebol, e da mulher Vitória, que vieram a público declarar-se apoiantes da permanência na UE depois de a campanha do "Leave" ter usado afirmações suas antigas para deduzir o contrário.

cotacao [O país] será mais forte se ficarmos. Será mais fraco se sairmos. E é um enorme risco para o Reino Unido, para as famílias britânicas, para os empregos britânicos. E vai ser irreversível. Não podemos voltar atrás. david cameron Primeiro-ministro britânico

A resposta da campanha a favor do Brexit não tardou: "Além de ter o apoio dos bancos que quebraram a economia, a campanha do 'Remain' tem agora o apoio do especulador bilionário que quebrou o Banco de Inglaterra".

 

A menos de dois dias do referendo, a média das últimas seis sondagens efectuada pela página na Internet 'WhatUKThinks' dá um empate para os dois campos - o "Brexit", a favor da saída, e o "Remain", a favor da permanência -, neste escrutínio determinante para o futuro do Reino Unido na UE. 

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