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Draghi admite mais estímulos em caso de Brexit atribulado
O presidente do BCE diz que o banco central está "preparado para todas as contingências" que possam resultar de uma decisão dos eleitores britânicos de deixaram a União Europeia no referendo de quinta-feira.
Mario Draghi está confiante que as medidas de estímulo que adoptou estão a dar resultados e que a Europa caminha, lenta, mas de forma contínua para a recuperação económica e para uma inflação próxima dos 2%. Mas admite também que há muitos riscos pela frente, e um dos principais no curto prazo é a saída do Reino Unido da UE. E nesse caso, afirmou perante os deputados do parlamento Europeu, o BCE estará preparado para tudo, de cedência de liquidez de emergência, a mais estímulos.
"Nós vamos monitorizar a evolução das perspectivas para a estabilidade de preços. Estamos preparados para usar todos os instrumentos disponíveis dentro do no mandato para, se necessário, atingir o nosso objectivo. Em particular, o BCE está preparado para todas as contingências após o referendo do Reino Unido à permanência na UE", afirmou na sua declaração inicial no parlamento Europeu.
Por agora, Draghi está confiante com os resultados das medidas já implementadas e anunciadas. "O nosso pacote de Março [que incluiu o aumento do volume de compras mensais de dívida, compras de dívida de empresas, e novos empréstimos de longo prazo], em particular, mitigou os riscos negativos às perspectivas económicas da Zona Euro. As medidas que ainda estão numa fase inicial de implementação ainda darão estímulos adicionais", afirmou, avisando no entanto que "a incerteza permanece elevada e os riscos negativos são significativos".