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Brexit continua a ditar evolução das bolsas. Wall Street em baixa

As bolsas norte-americanas abriram em ligeira baixa, sem revelar uma direcção muito definida, numa altura em que o referendo sobre a permanência ou saída do Reino Unido da União Europeia concentra todas as atenções.

Bloomberg
17 de Junho de 2016 às 14:54
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As bolsas do outro lado do Atlântico, que ontem encerraram em alta pela primeira vez em cinco sessões, regressaram hoje ao vermelho, mas a perderem pouco terreno. Na sessão de quinta-feira a retoma deveu-se sobretudo à especulação de que o Reino Unido poderá manter-se na União Europeia, com a opinião pública britânica a mostrar-se mais solidária com a causa europeísta depois de a deputada pró-Europa Jo Cox ter sido assassinada.

 

O Standard & Poor’s 500 segue a recuar 0,10% para 2.075,10 pontos, depois de ontem ter posto fim a cinco sessões consecutivas em queda. A última vez que o S&P 500 tinha fechado em alta foi na sessão de 8 de Junho, tendo nessa altura ficado a apenas 0,6% do seu máximo histórico.

 

Desde então esteve sempre a cair, devido à prudência crescente dos investidores perante eventos como a reunião da Fed – que anunciou esta quarta-feira ter decidido manter os juros de referência entre 0,25% e 0,50% -, o referendo britânico sobre a permanência do Reino Unido na UE (23 de Junho), as eleições em Espanha (26 de Junho) e as convenções dos partidos políticos norte-americanos.

 

Entretanto, com o assassinato ontem da deputada trabalhista britânica Jo Cox, que não resistiu aos ferimentos e faleceu durante a tarde, poucas horas depois de ter sido baleada e esfaqueada em Birstall, no norte de Inglaterra, o sentimento dos investidores inverteu-se.

 

As bolsas recuperaram de quedas em torno de 1% após ambos os lados da campanha (pró-permanência na UE e Brexit) terem decidido suspender as suas iniciativas devido à morte de Cox.

 

Segundo operadores citados pela Bloomberg, a retoma nas praças do outro lado do Atlântico coincidiu com uma deterioração da probabilidade de os ingleses escolherem sair da UE (Brexit). Essa probabilidade, medida pela Oddschecker, quebrou a fasquia dos 38%, quando horas antes da morte de Cox estava nos 44%.

 

Jo Cox era a favor de o Reino Unido continuar a ser membro da União Europeia e o seu atacante terá gritado "Britain First" quando a atacou. Agora, segundo a Bloomberg, cresce a especulação de que a opinião pública britânica estará mais propensa a escolher ficar na UE quando se pronunciar no referendo da próxima semana.

 

Hoje, depois da ligeira subida de quinta-feira, as praças norte-americanas regressam a terreno negativo… mas pouco.

 

O índice industrial Dow Jones desce 0,20% para 17.697,90 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,36%, a valer 4.827,62 pontos.

 

A debilidade do crescimento mundial também continua a marcar a agenda, com os investidores receosos de que a eficácia dos estímulos concedidos pelos bancos centrais tenha já atingido o seu limite.

 

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