O banco central do Japão decidiu não fazer nenhuma alteração na sua actual política monetária. Manteve a taxa de juro em -0,1% e o programa de estímulos à economia nos 80 biliões de ienes (cerca de 671 mil milhões de euros).

Quando falta, precisamente, uma semana para o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia o governador do Banco do Japão optou por esperar. Tal como fez esta quarta-feira a sua homóloga norte-americana Janet Yellen. Takeshi Minami, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin, explica à Bloomberg que qualquer decisão que o banco central tomasse hoje podia ser anulada devido ao resultado do referendo.

Assim, mais de metade dos economistas ouvidos pela agência noticiosa esperam alterações na próxima reunião do banco central nipónico, agendada para 29 de Julho.     

A decisão de Haruhiko Kuroda é conhecida um dia após a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos anunciar que decidiu manter a taxa de juro de referência entre 0,25% e 0,5%. O risco de um Brexit está reflectido nesta decisão, revelou Janet Yellen, bem como os mais recentes dados económicos.

Já esta manhã o banco central da Suíça também optou por manter a taxa de juro de referência inalterada nos -0,75%. Hoje ainda vai ser conhecida a decisão do Banco de Inglaterra.