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Washington e mais 14 estados processam Trump por nova lei de imigração

O Procurador-Geral do estado de Washington e uma dezena e meia de estados norte-americanos vão processar o Presidente Donald Trump por extinguir o programa de protecção de deportação de jovens imigrantes indocumentados, anunciou à imprensa Bob Ferguson.

06 de Setembro de 2017 às 20:38
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Considerando que a decisão de Trump configura "um período negro para o país", Ferguson começou por anunciar o envolvimento de 11 estados no processo contra o Presidente norte-americano, mas deixou em aberto a possibilidade de outros se juntarem, o que veio, entretanto, a acontecer com a associação de mais quatro estados ao processo. 

 

Esta não é a primeira vez que Bob Ferguson abre um processo contra Donald Trump. No início do ano, o procurador-geral de Washington processou o Presidente norte-americano por causa de uma lei produzida na Casa Branca que restringia as viagens para os Estados Unidos de nacionais de várias nações muçulmanas.

 

Na terça-feira, o Procurador-Geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, anunciou a extinção gradual do programa que protege da deportação 800 mil jovens indocumentados que chegaram aos EUA em crianças. 

 

Numa declaração à imprensa, Sessions disse que a acção executiva que Barack Obama assinou em 2012 era "um exercício inconstitucional de autoridade do ramo executivo" e "uma acção de amnistia executiva unilateral", que "negava trabalhos a centenas de milhares de americanos permitindo a imigrantes ilegais ficarem com esses trabalhos".

 

Cabe agora ao Congresso dos EUA encontrar uma solução legal para as pessoas protegidas pelo programa, conhecido como "Deferred Action for Childhood Arrivals" (DACA).

 

"Congresso, preparem-se para fazer o vosso trabalho - DACA!", escreveu o Presidente dos EUA no Twitter. Numa segunda mensagem, Trump disse: "Não se enganem, vamos colocar o interesse dos CIDADÃOS AMERICANOS PRIMEIRO! Os homens e mulheres esquecidos não serão mais esquecidos."

 

O programa permite a jovens que foram levados para os EUA em criança de forma ilegal receberem protecção contra deportação, autorização de trabalho e número de segurança social.

 

O Estado norte-americano calcula que 2,1 milhões de pessoas possam beneficiar, directa ou indirectamente, do programa, que não inclui pessoas com mais de 31 anos ou que tenham chegado depois de 2007.

 

Neste momento, 750 mil pessoas usufruem de protecção, o que lhes permitiu frequentar a universidade, trabalhar de forma legal, visitar o país de origem e ter carta de condução.

 

As únicas diferenças destas pessoas para um cidadão norte-americano é que não têm passaporte, não podem votar e podem ser deportados se cometerem algum crime. Centenas de portugueses deverão ser afectados por esta medida, segundo estimativas de fontes da comunidade.

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