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UE diz que agudizar dos confrontos na Ucrânia são violação do cessar-fogo

Bruxelas considera que os mais recentes confrontos que tiveram lugar no leste da Ucrânia representam violações aos acordos de Minsk. Esta semana registou-se um crescendo de intensidade nos confrontos na região de Mariupol.

Reuters
12 de Agosto de 2015 às 14:02
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A União Europeia (UE) pronunciou-se sobre os mais recentes confrontos entre o exército ucraniano e os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, lembrando que constituem violações ao cessar-fogo previsto nos acordos de Minsk.

 

De acordo com a BBC, Bruxelas sustenta que "os acordos de Minsk devem ser implementadas com boa-fé, desde logo mediante o pleno respeito ao cessar-fogo e retirada de armamento pesado".

 

Assinados em Setembro de 2014, primeiro, e em Fevereiro deste ano, os acordos de Minsk, capital da Bielorrússia, nunca foram verdadeiramente cumpridos no terreno. As violações foram sistemáticas e apesar da intensidade dos confrontos entre as forças leiais a Kiev e os separatistas pró-russos ter diminuído nos últimos meses, nos últimos dias registou-se um agravar do conflito na parte oriental da Ucrânia, nomeadamente em zonas próximas da importante cidade portuária de Mariupol.

 

Na última segunda-feira, o governo ucraniano acusou as forças separatistas de terem realizado o maior bombardeamento desde a assinatura do cessar-fogo a 13 de Fevereiro. As lutas mais intensas ocorreram em Starohnativka, situada a cerca de 50 km a norte de Mariupol. E apesar de o Kremlin continuar a negar qualquer envolvimento no conflito que se arrasta há mais de um ano no Donbass, parte leste da Ucrânia, tanto Kiev como a comunidade ocidental voltaram a acusar Moscovo de apoiar os separatistas.

 

Num documento divulgado esta terça-feira, o Serviço Europeu de Acção Externa, uma instituição europeia prevista no Tratado de Lisboa, refere que "a renovada escalada no conflito [ucraniano] elevou o número de vítimas, resultado de vários ataques em áreas controladas pelo governo". Neste comunicado, Bruxelas especifica os ataques em Starohnativka na noite de 10 de Agosto como representativos de uma clara violação "do espírito e do conteúdo dos acordos de Minsk".

 

Também a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), responsável pelo controlo, no terreno, do cumprimento do cessar-fogo, considerou, ainda segundo a BBC, que os últimos incidentes "colocam em perigo o papel crucial" dos homens desta organização.

 

O conflito que estalou depois de as autoproclamadas repúblicas de Luhansk e Donetst terem declarado a sua independência, já provocou mais de 7 mil mortos e pelo menos 1 milhão de deslocados.

 

Na terça-feira, o governo britânico mostrava disponibilidade para reforçar as operações de treino militar que Londres já concedeu a Kiev. Londres assumia que "o nível vermelho" que reassumiram os confrontos nos últimos dias elevam a preocupação em relação à capacidade de Kiev para assegurar a sua integridade territorial. Teme-se que ocorra algo parecido á anexação russa da Crimeia consumada em Março do ano passado.

 

Já esta quarta-feira, o euobserver cita o estudo de um think-tank britânico cuja conclusão aponta para uma possível confrontação entre forças da NATO e da Rússia. Na perspectiva dos analistas do  European Leadership Network (ELN), as últimas movimentações, quer da Nato, quer das forças russas,indiciam estar em curso a "preparação para uma possível confrontação".

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