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Rússia responsabiliza ocidente pela situação na Ucrânia

Mesmo não reconhecendo qualquer envolvimento directo na guerra civil ucraniana, o ministro russo da Defesa garante que a tentativa dos Estados Unidos e dos seus aliados de colocar Kiev na sua órbita de influência não poderia “passar em branco”. No entanto, Putin prontificou-se a reiterar que “não há tropas russas na Ucrânia”.

Rússia 10ª posição em 2030, com PIB de 2.434 mil milhões de dólares, após 11ª posição em 2014.
16 de Abril de 2015 às 14:23
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O ministro russo da Defesa, Sergey Shoygu, acusou esta quinta-feira, 16 de Abril, os Estados Unidos e os seus aliados pela actual situação que se vive na Ucrânia. Em declarações proferidas no âmbito da conferência anual de segurança, em Moscovo, e citado pela agência Reuters, Shoygu culpou os Estados Unidos e os seus aliados "de terem ultrapassado todas as linhas possíveis na sua intenção de trazer Kiev para a sua órbita".

 

"Isso não poderia passar em branco", atirou o governante que considera que "a [situação na] Ucrânia é a maior tragédia de todas as revoluções coloridas".

 

A narrativa do Kremlin, desde a queda do antigo presidente pró-russo Viktor Yanukovych em Fevereiro do ano passado, na sequência dos protestos na Praça da Independência, em Kiev, foi sempre a de que se tratara de um movimento fascista que derrubou ilegitimamente um governo e um presidente eleitos democraticamente e de acordo com as regas previstas pela Constituição ucraniana.

 

A Rússia também acusou então o ocidente de colaborar e legitimar a chegada ao poder de partidos fascistas. Como tal, não é surpresa que Sergey Shoygu venha esta quinta-feira insistir na ideia de que os combates no Donbass, zona oriental da Ucrânia, que já mataram mais de seis mil pessoas desde Abril de 2014, são responsabilidade ocidental. Devido à tentativa de colocar sob a sua esfera de influência uma população russófila que não sente qualquer afinidade com a Europa.

 

"Quantos mais mortos serão necessários para forçar os ucranianos do leste a sentirem-se europeus?", questionou em tom de acusação. A eleição do presidente Petro Poroshenko e as eleições legislativas de Outubro passado confirmaram a vitória de forças pró-europeias, que têm como objectivo último a adesão à União Europeia e à NATO. Algo inaceitável para Moscovo.

 

O Presidente Vladimir Putin voltou esta quinta-feira a assegurar que "não há tropas russas na Ucrânia" e acusou as autoridades de Kiev de de estarem a "bloquear economicamente" a região do Donbass, assim responsabilizando também Poroshenko pela guerra civil que se arrasta há já mais de um ano no leste ucraniano.

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