Notícia
Trump volta à carga e avisa que acordo com a China no seu segundo mandato será "muito pior"
O presidente dos Estados Unidos recorreu ao Twitter para avisar que a China deve agir agora para fechar um acordo, ou arrisca termos "muito piores" no seu segundo mandato.
Depois de as negociações entre os representantes de Washington e Pequim não terem gerado qualquer entendimento, na semana passada, Donald Trump voltou à carga, ameaçando a China com termos condições muito menos favoráveis no futuro.
No Twitter, o líder da Casa Branca disse que a China deve "agir agora" para fechar um acordo comercial com os Estados Unidos, avisando que o país enfrentará "termos muito piores" no seu segundo mandato.
"Penso que a China sentiu que estava a ser tão massacrada nas últimas negociações que pode esperar pelas próximas eleições, em 2020, para ver se têm sorte, e se os democratas vencem", escreveu o presidente dos Estados Unidos.
I think that China felt they were being beaten so badly in the recent negotiation that they may as well wait around for the next election, 2020, to see if they could get lucky & have a Democrat win - in which case they would continue to rip-off the USA for $500 Billion a year....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de maio de 2019
E continuou: "O único problema é que eles sabem que eu vou ganhar (melhores números de emprego e economia na história dos EUA, e muito mais), e o acordo tornar-se-á muito pior para eles se tiver de ser negociado no meu segundo mandato. Seria sensato eles agirem agora, mas eu adoro colecionar GRANDES TARIFAS!".
....The only problem is that they know I am going to win (best economy & employment numbers in U.S. history, & much more), and the deal will become far worse for them if it has to be negotiated in my second term. Would be wise for them to act now, but love collecting BIG TARIFFS!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de maio de 2019
Os comentários de Trump foram feitos um dia depois de as negociações entre as duas superpotências económicas terem terminado sem um acordo, de os EUA terem aumentado as suas tarifas sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de importações da China e de Pequim ter deixado claro o que pretende dos EUA para encerrar a guerra comercial.
Numa conferência de imprensa após o fim das negociações em Washington, na sexta-feira, o vice-primeiro-ministro Liu He disse que, para chegar a um acordo, os EUA devem remover todas as tarifas extra, definir metas para compras chinesas de bens em linha com a procura real e garantir que o texto do acordo seja "equilibrado" para garantir a "dignidade" de ambas as nações.
Os Estados Unidos não estarão dispostos a aceitar os termos da China, e os negociadores norte-americanos já avisaram Pequim que tem um mês para fechar um acordo. Caso esse entendimento não seja alcançado, os Estados Unidos vão aplicar tarifas sobre a totalidade dos bens importados da China.
Essa ameaça foi feita durante as negociações de sexta-feira em Washington, horas depois de Trump ter aumentado de 10% para 25% as taxas aduaneiras que pendem atualmente sobre 200 mil milhões de dólares de bens importados daquele país. A China prometeu retaliar, mas não deu qualquer detalhe.