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Wall Street estremece com novo abalo comercial

A guerra comercial continua a provocar fortes quedas nos mercados, com especial incidência nas bolsas norte-americanas. Trump endureceu as ameaças feitas à China, depois de Pequim anunciar as medidas de retaliação contra o agravamento das tarifas alfandegárias, e esta escalada das tensões deixou os investidores ainda mais nervosos.

Reuters
13 de Maio de 2019 às 21:10
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Pequim contra-atacou na frente comercial e fez disparar os receios de uma recessão nos Estados Unidos. As bolsas caíram a pique, com os investidores a fugirem para ativos considerados mais seguros.

 

O Standard & Poor’s 500 encerrou a cair 2,41% para 2.811,87 pontos e o Dow Jones recuou 2,38% para 25.324,99 pontos.
 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite afundou 3,41% para 7.647,02 pontos.

 

Os principais índices de Wall Street mantiveram assim o movimento de descida, hoje bastante acentuado perante os novos desenvolvimentos na frente comercial.

O Dow e o S&P 500 registaram o recuo mais pronunciado desde 3 de janeiro, e a desvalorização do Nasdaq foi a maior desde 4 de dezembro. Os três grandes índices perderam todos mais de 2%, tendo sido apenas a segunda vez que isso aconteceu este ano.

E tudo aponta para que, daqui a umas horas, também assistamos a uma derrocada nos mercados asiáticos, sublinha a Bloomberg. Na Europa, ao longo desta segunda-feira, a tendência foi também vermelha.

No total, as ações mundiais perderam hoje um bilião de dólares de capitalização bolsista.

 

Pequim anunciou os seus planos para responder ao aumento das tarifas aduaneiras dos EUA sobre produtos chineses, intensificando os receios de que uma esta ronda de medidas de retaliação possa fazer mergulhar a economia norte-americana numa recessão.

 

Atendendo a que as duas maiores economias do mundo não conseguiram alcançar um acordo comercial, entraram em vigor na sexta-feira 10 de maio tarifas aduaneiras agravadas, de 10% para 25%, sobre produtos chineses avaliados em 200 mil milhões de dólares.

 

Hoje a China anunciou que irá retaliar impondo um aumento de tarifas sobre o equivalente a 60 mil milhões de dólares de produtos norte-americanos e foi quando os mercados entraram em queda livre.

 

Trump não ajudou com o reforço das suas ameaças, ao dizer à China que não deveria responder ao aumento das tarifas norte-americanas, porque a situação "só vai piorar".

 

Entretanto o chefe da Casa Branca indicou que falará com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, no final de junho durante a cimeira do G20, e declarou que ainda não se decidiu quanto à imposição de tarifas agravadas sobre os restantes 300 mil milhões de dólares de importações chinesas.

 

Mas o anúncio desta reunião não diminuiu as preocupações dos investidores, que estão a preferir fugir dos mercados acionistas e apostar em ativos considerados mais seguros – os chamados valor-refúgio –, como o ouro, dólar, franco suíço, iene e dívida norte-americana.

 

As cotadas que encontram na China grande parte das suas receitas estiveram a cair fortemente, como foi o caso das descidas superiores a 4% da Boeing e da Caterpillar. Já a Apple afundou mais de 5%.

 

Este intensificar das fricções comerciais entre as duas maiores economias do mundo também está a penalizar os agricultores norte-americanos, com os preços da soja e do algodão a registarem fortes perdas.

(notícia atualizada pela última vez às 23:10)

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