Notícia
Fecho dos mercados: Bolsas europeias perdem mais de 1% e petróleo ganha quase 3%
O reavivar da troca de tarifas entre os Estados Unidos e a China está a abalar os mercados acionistas, com as principais bolsas a apresentarem perdas acima de 1%. O petróleo escapa ao sentimento negativo e já ganhou perto de 3%.
Os mercados em números
PSI-20 desvalorizou 1,81% para 5.070,37 pontos
Stoxx 600 cedeu 1,21% para os 372,57 pontos
S&P 500 cai 2,30% para os 2.815,24 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos agravaram 3,7 pontos base para os 1,15%
Euro sobe 0,01% para os 1,1234 dólares
Petróleo negociado em Londres sobe 1,05% para os 71,36 dólares por barril
Bolsas europeias em mínimos de mais de um mês
As principais bolsas da Europa concluíram o primeiro dia da semana em queda, dando seguimento àquela que foi a pior semana desde outubro. O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, fechou com uma desvalorização de 1,21% para os 372,57 pontos, mas chegou a perder 1,43% para os 371,76 pontos durante a sessão.
Os mercados europeus alinham-se no sentimento negativo depois de a China ter respondido na mesma moeda aos Estados Unidos, anunciando a aplicação de um aumento das tarifas sobre os bens importados deste país – isto, depois de as negociações comerciais terem falhado no final da última semana. A Europa também se pronunciou esta segunda-feira, 13 de maio, em relação às penalizações que lhe podem vir a caber: Bruxelas afirma já ter uma lista de itens sobre os quais pode vir a aplicar tarifas aduaneiras no caso de os Estados Unidos cumprirem a ameaça de contemplar com sanções desta índole o setor automóvel europeu.
O principal índice nacional, o PSI-20, caiu 1,81% para 5.070,37 pontos, o valor mais baixo desde 13 de fevereiro. A EDP foi das cotadas que mais pesou no desempenho do índice, ao descer 4,04% para 3,157 euros no dia em que os títulos descontaram o dividendo a pagar aos acionistas.
Juros portugueses sobem há três sessões
Os juros da dívida portuguesa a dez anos valorizam pela terceira sessão consecutiva, tendo registado a maior subida desde o passado 12 de abril. Os juros nacionais para esta maturidade agravaram 3,7 pontos base para os 1,15%. Em sentido contrário rumou a dívida alemã, com a taxa remuneratória das obrigações a aliviar 2,5 pontos base para -0,071%. Desta forma, o prémio da dívida portuguesa face à alemã elevou-se para os 122,1 pontos base.
Euro e dólar concorrem pelo verde
A moeda única europeia segue a valorizar 0,01% para os 1,1234 dólares, contando a quarta sessão consecutiva de ganhos. O euro oscila em torno da linha de água, tendo já resvalado para terreno negativo, depois de ter chegado a ganhar quase 0,3%. O dólar recuperou alguma da sua força com os investidores a refugiarem-se na moeda americana perante as perdas significativas nos mercados acionistas.
Petróleo dispara quase 3%
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, segue a valorizar 1,05% para os 71,36 dólares, depois de já ter subido 2,78% para os 72,58 dólares. O ouro negro afirma-se no verde depois de a Arábia Saudita ter revelado que os respetivos petroleiros haviam sido atacados este domingo, sem apontar responsabilidades.
Investidores refugiam-se no baú do ouro
O ouro ascendeu esta sessão a um máximo de 11 de abril, contando a terceira sessão a valorizar. O metal amarelo segue a subir 0,89% para os 1.297,50 dólares por onça, tendo chegado a tocar um máximo de 1.299,77 dólares na sequência de uma subida de 1,07%. O ouro, a par do petróleo, é das poucas matérias-primas a segurar-se no verde. "As tensões comerciais que estão a surgir e o escalar de tarifas está a pesar não só no crescimento global mas também nas matérias-primas como um todo", afirma a RJO Futures em declarações à Bloomberg.