Notícia
EUA já prepararam lista de produtos para nova ronda de tarifas à China
Se concretizar uma nova ronda de tarifas, praticamente todos os bens chineses serão alvos de tarifas aduaneiras.
Na passada sexta-feira entrou em vigor nos Estados Unidos o aumento da tarifa de 10% para 25% que é aplicada a um grupo de bens chineses no valor de 200 mil milhões de dólares. Mas há uma segunda ameaça do presidente norte-americano que ainda não foi para o terreno: o alargamento das tarifas de 25% aos restantes bens chineses que ainda não eram alvo de taxas aduaneiras, cujas importações estão avaliadas em cerca de 300 mil milhões de dólares.
É para esse segundo passo que os EUA estão a preparar-se. Um dia depois de a China ter anunciado a sua retaliação, esta terça-feira, 14 de maio, o Departamento do Comércio dos EUA divulgou uma lista de produtos sobre os quais a taxa de 25% deverá incidir.
Os alvos passam por roupa para criança, brinquedos, telemóveis, computadores portáteis, equipamentos industriais e vários produtos agrícolas. Fora da lista ficaram os produtos farmacêuticos.
Caso Donald Trump concretize a sua ameaça, quase todos os bens chineses que são exportados para os Estados Unidos passarão a ser alvo de tarifas aduaneiras, o que afetaria a maior parte dos consumidores norte-americanos. Tal também significará que os EUA vão tornar-se um dos países mais protecionistas do mundo.
Neste momento aguarda-se o encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, que deverá acontecer a 28 e 29 de junho na cimeira do G-20, o que poderá ser um momento crucial no desenrolar das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Num jantar na Casa Branca ontem à noite, o presidente norte-americano mostrou-se confiante sobre a probabilidade de haver um acordo entre três a quatro semanas. "Pressinto que vamos ter muito sucesso", sintetizou, citado pela Bloomberg.
Tendo em conta os 'timings' do processo de consulta pública, as novas tarifas não deverão entrar em vigor até ao final de junho. Mas tal significa que poderão entrar em vigor logo após o encontro entre Trump e Xi Jinping.
Os economistas consultados pela Bloomberg admitem um cenário em que a economia norte-americana pode entrar em recessão caso todos os bens chineses sejam alvo de tarifas, pondo em causa a vitalidade económica de vários setores que dependem de fornecedores da China.
Esta estratégia poderá ainda ter um impacto significativo na inflação - dado o aumento dos preços dos bens importados -, o que condicionará as próximas decisões da Reserva Federal norte-americana.
Ainda esta manhã, a comissária europeia para o comércio, Cecilia Malmström, alertou no Twitter que "as guerras comerciais são más para todo o mundo". "Os conflitos e os desentendimentos têm de ser resolvidos dentro do sistema multilateral", apelou.
É para esse segundo passo que os EUA estão a preparar-se. Um dia depois de a China ter anunciado a sua retaliação, esta terça-feira, 14 de maio, o Departamento do Comércio dos EUA divulgou uma lista de produtos sobre os quais a taxa de 25% deverá incidir.
Caso Donald Trump concretize a sua ameaça, quase todos os bens chineses que são exportados para os Estados Unidos passarão a ser alvo de tarifas aduaneiras, o que afetaria a maior parte dos consumidores norte-americanos. Tal também significará que os EUA vão tornar-se um dos países mais protecionistas do mundo.
Neste momento aguarda-se o encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, que deverá acontecer a 28 e 29 de junho na cimeira do G-20, o que poderá ser um momento crucial no desenrolar das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Num jantar na Casa Branca ontem à noite, o presidente norte-americano mostrou-se confiante sobre a probabilidade de haver um acordo entre três a quatro semanas. "Pressinto que vamos ter muito sucesso", sintetizou, citado pela Bloomberg.
Tendo em conta os 'timings' do processo de consulta pública, as novas tarifas não deverão entrar em vigor até ao final de junho. Mas tal significa que poderão entrar em vigor logo após o encontro entre Trump e Xi Jinping.
Os economistas consultados pela Bloomberg admitem um cenário em que a economia norte-americana pode entrar em recessão caso todos os bens chineses sejam alvo de tarifas, pondo em causa a vitalidade económica de vários setores que dependem de fornecedores da China.
Esta estratégia poderá ainda ter um impacto significativo na inflação - dado o aumento dos preços dos bens importados -, o que condicionará as próximas decisões da Reserva Federal norte-americana.
Na mira dos EUA tem estado também o setor automóvel europeu. Donald Trump tem até sábado para decidir se avança ou não com tarifas sobre os carros europeus. A União Europeia disse já ter na manga uma lista de bens norte-americanos para avançar com uma retaliação caso tal aconteça.Trade wars are bad for the whole world. Conflicts and disagreements need to be solved within the multilateral system.
— Cecilia Malmström (@MalmstromEU) 14 de maio de 2019
Ainda esta manhã, a comissária europeia para o comércio, Cecilia Malmström, alertou no Twitter que "as guerras comerciais são más para todo o mundo". "Os conflitos e os desentendimentos têm de ser resolvidos dentro do sistema multilateral", apelou.