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Do sushi às luvas de esqui: os EUA precisam muito da China
Quando o relógio marcar um minuto depois da meia-noite na sexta-feira, muitos artigos presentes nos lares americanos podem ficar mais caros – outra vez.
Os Estados Unidos ameaçam aumentar as tarifas sobre 200 mil milhões de dólares em importações de produtos chineses, de 10% para 25%, com o contínuo "toma lá, dá cá" da guerra comercial. As sobretaxas afetarão uma variedade de artigos de consumo. No caso de alguns destes produtos, mais de nove em cada dez itens comprados por americanos são feitos na China.
A lista de itens de consumo predominantemente fabricados na China inclui coleiras para cães, das quais oito de cada dez compradas por americanos são de origem chinesa. (Donald Trump é o primeiro presidente dos Estados Unidos em quase 120 anos que não tem um cão na Casa Branca.) Bicicletas e aspiradores também ficarão mais caros.
Estudos mostram que o peso das tarifas tem sido maior para americanos do que para chineses, e parece que vai continuar assim, especialmente para os amantes de sushi - tilápia congelada e molho de soja condimentado com umami estão na lista - ou para um ávido esquiador. Não apenas as suas luvas, mas a mala da viagem também pode ficar mais cara.
Enquanto os mercados mundiais se agitam perante a guerra de tarifas anunciada por Trump no Twitter e os consumidores americanos se preparam para pagar mais pelos produtos, fabricantes e exportadores chineses mostram-se mais resistentes.
"As pessoas sentem-se anestesiadas com a constante mudança de tom das negociações comerciais", disse Ben Chu, empresário que dá aulas sobre negociações de comércio para empresas chinesas. "Os fabricantes mudaram o seu foco para encomendas de outros países ou negociaram um preço justo com os clientes dos EUA para resistir à próxima tarifa."
(Texto original: From Sushi to Ski Gloves, U.S. Needs China More Than You Think)