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Trump acusa a China: "Quebrou o acordo" comercial
Ainda na quarta-feira, o presidente dos EUA responsabilizou Pequim por ter impossibilitado a obtenção de um acordo comercial nas já longas negociações entre as duas maiores economias mundiais. Vice-primeiro-ministro chinês chega hoje aos EUA para retomar conversações.
Apesar dos já longos meses de negociações e dos recentes indícios que apontavam para um desfecho positivo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou esta quarta-feira a China de ter "quebrado o acordo" comercial.
Trump falava num comício na Florida e justificava assim o anúncio, no passado fim de semana, de que Washington iria, a partir de 10 de maio, agravar a tarifa aduaneira aplicada à importação de bens chineses, de 10% para 25%, bem como alargar o conjunto de bens alvo desta taxa reforçada.
Pequim reagiu garantindo que retaliaria a tal decisão de Washington com as "contra-medidas necessárias".
"Eles quebraram o acordo. Não podem fazer isso, portanto vão pagar", atirou o líder norte-americano notando que o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He – "um bom homem" -, chega esta quinta-feira a Washington a fim de retomar as conversações com vista a um acordo que permita reduzir o défice comercial que os Estados Unidos mantêm na relação comercial com a China.
"Eles (responsáveis chineses) chegam amanhã (esta quinta-feira) aconteça o que acontecer não haverá motivos para apreensão. Vai resolver-se. Resolve-se sempre", acrescentou revelando já um tom mais otimista.
Mas Donald Trump prosseguiu garantindo que, num cenário de não acordo, não haverá "nenhum problema" se forem aplicadas taxas aduaneiras aos produtos chineses num valor anual de 100 mil milhões de dólares. E rematou dizendo que os Estados Unidos "não vão ceder enquanto a China não parar de enganar" os trabalhadores norte-americanos e de roubar empregos aos EUA.
Quanto ao prolongar das conversações entre Washington e Pequim, o residente na Casa Branca considera que as autoridades chinesas têm andado "muito devagar" no que diz respeito a darem as garantias exigidas pelos EUA.
Sabe-se que Washington quer que Pequim avance com uma série de reformas económicas que garantam maior reciprocidade no que concerne ao investimento estrangeiro e à presença de empresas americanas no país.