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EUA e China voltam a tentar acordo comercial nas próximas semanas

Os Estados Unidos e a China vão realizar nas próximas semanas novas rondas de negociações em Washington e Pequim, visando pôr fim à guerra comercial desencadeada no verão passado, anunciou hoje a Casa Branca.

EPA
24 de Abril de 2019 às 10:18
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A delegação norte-americana, liderada pelo representante para o Comércio Externo, Robert Lighthizer, e pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, viajará para Pequim para uma ronda de negociações que arranca em 30 de abril.

 

O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, vai estar em Washington para novas reuniões, a partir de 08 de maio.

 

"As negociações nas próximas semanas abrangerão questões comerciais, como propriedade intelectual, transferência forçada de tecnologia, barreiras não-tarifárias, agricultura, serviços, compras e mecanismos de monitoramento", detalhou a Casa Branca.

 

As delegações reúnem-se assim pela terceira e quarta vez, desde que, em fevereiro passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu que o acordo comercial estava "muito perto de acontecer"

 

Trump chegou a sugerir que ele e o homólogo chinês, Xi Jinping, fechariam pessoalmente o acordo, durante uma cimeira em Mar-a-Lago, o seu resort na Flórida, antes do final de março.

 

As negociações decorrem desde que, em dezembro passado, Washington e Pequim acordaram um período de tréguas, entretanto prolongado, visando chegar a um acordo que ponha fim às disputas comerciais iniciadas no verão passado.

 

Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.

 

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano "Made in China 2025", que visa transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

 

Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

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