Notícia
China mantém deslocação aos EUA apesar da ameaça de tarifas
As dúvidas em torno da próxima visita de representantes chineses aos Estados Unidos foram dissipadas por Pequim: a delegação chinesa cumprirá o calendário e apresentar-se-á em Washington esta quarta-feira, antes da aplicação de um aumento nas tarifas prometido por Trump.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês veio assegurar que uma delegação está a preparar-se para visitar a Casa Branca, com o objetivo de avançar com as negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Isto, apesar de o presidente norte-americano ter surpreendido os negociadores chineses com a ameaça de aplicar o aumento de tarifas.
Fontes ligadas à delegação chinesa avançaram a hipótese de que o encontro para a resolução do conflito comercial, agendado para esta quarta feira, fosse adiado por um dia – deixando menos margem de negociação – ou mesmo cancelado. Possibilidades que foram desmentidas por fonte oficial do Governo.
"Estamos também no processo de perceber a situação. O que podemos dizer é que a China está a preparar-se para ir aos Estados Unidos e prosseguir com as negociações", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. "O que é de importância vital e que ainda esperamos que os Estados Unidos consigam trabalhar connosco é um encontro a meio caminho (entre as posições)", acrescentou.
A incerteza em relação ao desenrolar das negociações comerciais surgiu depois de Trump ter feito uma nova ameaça através da rede social Twitter, este domingo, dia 5 de maio.
Washington pretende uma subida das tarifas de 10% para 25% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares em produtos chineses importados. Uma medida com data prevista para a próxima sexta-feira, 10 de maio, caso não exista consenso até então.
Os Estados Unidos tinham já advertido que se não fosse alcançado um acordo, aumentariam de 10% para 25% a tarifa aplicada sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de importações chinesas. Pequim respondeu que deveria retaliar com uma subida das taxas aduaneiras sobre cerca de 60 mil milhões de dólares de bens norte-americanos (anunciadas no ano passado como forma de retaliação).