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Fecho dos mercados: Ímpeto protecionista de Trump deixa bolsas e petróleo no vermelho, mas impulsiona dólar e ouro

As principais bolsas europeias recuaram para mínimos de mais de 30 dias depois de o presidente dos EUA ter anunciado o reforço das taxas alfandegárias aplicadas às importações de bens chineses. Anúncio de Trump também põe crude no vermelho, enquanto impulsiona valor de refúgio do dólar e do ouro.

Reuters
06 de Maio de 2019 às 17:17
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,45% para 5.301,30 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,88% para 386,95 pontos
S&P500 desce 0,77% para 2.922,86 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,2 pontos base para 1,113%

Euro cede 0,04% para 1,1194 dólares

Petróleo em Londres desvaloriza 0,30% para 70,64 dólares por barril

 

Bolsas europeias caem para mínimos de mais de um mês

As principais bolsas europeias negociaram no vermelho na sessão desta segunda-feira, 6 de maio, seguindo a tendência de quedas já verificadas nas bolsas asiáticas e depois também em Wall Street.

 

O índice de referência europeu Stoxx600 perdeu 0,88% para 386,95 pontos, num dia em que recuou para o valor mais baixo desde 2 de abril, em especial pressionado pelo setor automóvel. Já o índice lisboeta PSI-20 caiu 1,45% para 5.301,30 pontos, numa sessão em que transacionou em mínimos de 10 de abril e em que registou o quinto dia consecutivo a acumular perdas.

 

A penalizar a negociação bolsista na Europa está o regresso da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China provocada pelo anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de que vai aumentar as tarifas aduaneiras aplicadas à importação de bens chineses no valor de 200 mil milhões de dólares de 10% para 25%.

 

Depois deste anúncio foi noticiado que a viagem do vice-primeiro-ministro chinês aos EUA pode ser cancelada, o que a acontecer será a confirmação de novo revés nas já longas negociações entre as duas maiores economias mundiais.

 

Juros sem tendência definida na Zona Euro

Os juros das dívidas públicas na área do euro negoceiam sem uma tendência definida. A taxa de juro associada às obrigações portuguesas a 10 anos sobe 0,2 pontos base para 1,113%, tal como acontece com a "yield" dos títulos transalpinos no mesmo prazo que avança 1,2 pontos base para 2,569%, estando assim em torno do valor mais alto desde 30 de abril.

 

Já a dívida pública alemã continua a beneficiar do facto de se registar um movimento de saída dos acionistas dos mercados acionistas, o que os leva a apostar em ativos considerados seguros, como é o caso das "bunds" germânicas. Na maturidade a 10 anos, a taxa de juro correspondente às "bunds" recua 1,8 pontos base para 0,005%, estando mesmo em mínimos de 30 de abril.

 

O mesmo em relação às obrigações espanholas a 10 anos cuja "yield" cede 0,3 pontos base para 0,976%.

 

Dólar sobe com apreensão comercial

As dúvidas dos investidores quanto ao desfecho das negociações EUA-China estão a impulsionar o dólar, ativo encarado como seguro quando se registam situações de incerteza nos mercados. Assim, o euro segue a depreciar 0,04% para 1,1194 dólares nos mercados cambiais, enquanto a divisa norte-americana avança no índice da Bloomberg que mede o desempenho da moeda norte-americana face a um cabaz das principais divisas mundiais.

 

Petróleo acentua quedas para mínimos de mais de 30 dias

O preço do petróleo prossegue em perda nos mercados internacionais, estando a ser pressionado pelas dúvidas quanto à repercussão do lado da procura pela matéria-prima se o diferendo entre Washington e Pequim entrar numa espiral protecionista.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, cai 0,30% para 70,64 dólares por barril, num dia em que transacionou na cotação mais baixa desde 2 de abril. Já o West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, perde 0,53% para 61,61 dólares, isto após ter tocado em mínimos de 29 de março.

 

Ouro ganha com tensão comercial

A exemplo do que acontece com o dólar, também o ouro está a tirar partido dos receios quanto à possibilidade de não acordo comercial EUA-China. O metal precioso valoriza pelo segundo dia seguido ao somar 0,11% para 1.280,53 dólares por onça.

 

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