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Trump: Recebi uma linda carta de Xi. Vamos ver se juntos conseguimos chegar a acordo

O presidente norte-americano diz ter recebido uma "linda carta" do seu homólogo chinês e que deverão falar ainda hoje. À falta de acordo comercial, às 4:00 da manhã de Lisboa entram em vigor tarifas aduaneiras adicionais.

Damir Sagolj/Reuters
09 de Maio de 2019 às 18:29
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Donald Trump declarou esta quinta-feira, 9 de maio, que recebeu uma "linda carta" do presidente chinês, Xi Jinping, numa altura em que as negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo prosseguem em Washington.

 

"Xi acabou de me escrever uma linda carta. Recebi-a há pouco e provavelmente falarei com ele por telefone", declarou o presidente norte-americano, citado pela Reuters. "Trabalhemos juntos e vejamos se conseguimos que algo seja feito", acrescentou.

 

Liu He, o representante comercial do presidente chinês, Xi Jinping, regressou hoje – a viagem chegou a estar marcada para ontem – a Washington para uma nova ronda de conversações comerciais, mas intensifica-se a especulação sobre se haverá um entendimento a tempo de não ser imposto um aumento das tarifas aduaneiras.

Ontem, Trump veio dizer que a China "quebrou o acordo", acusando Pequim de renegar os compromissos que já tinham sido assumidos, pelo que os receios de um não entendimento se agravaram. E, à falta de acordo, o agravamento das tarifas alfandegárias entra já em vigor às 00:01 de Washington (04:01 em Lisboa)

 

No domingo, 5 de maio, a Casa Branca intensificou a pressão sobre a China, ao anunciar que a partir do dia 10 os EUA iriam impor tarifas aduaneiras adicionais sobre produtos chineses se não houvesse acordo comercial.

 

O chefe da Casa Branca especificou que as tarifas de 10% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares em produtos chineses importados pelos EUA irão subir para 25% a partir de sexta-feira e que "em breve" serão impostas tarifas de 25% sobre o equivalente a mais 325 mil milhões de dólares de produtos oriundos da China.

 

Com esta "ameaça", chegou-se a recear que a China desistisse de enviar a sua delegação a Washington, mas Pequim manteve o seu plano de prosseguir as conversações. Resta saber se as duas partes conseguirão um entendimento.

 

Na segunda-feira, as bolsas norte-americanas perderam terreno, mas conseguiram encerrar distantes dos mínimos da sessão. Contudo, no dia seguinte registaram uma queda muito maior. Porquê?

 

A CNN diz que tem tudo a ver com um reforço de credibilidade das ameaças. Se tivesse sido apenas Trump a fazer a ameaça, todos já estão habituados a advertências do presidente dos EUA que depois não se concretizam. Acontece que na segunda-feira, já depois do fecho das bolsas do outro lado do Atlântico, o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, voltaram a brandir a ameaça de tarifas alfandegárias adicionais, tendo declarado à imprensa que Donald Trump estava a falar muito a sério. Foi o suficiente para as bolsas reagirem com este pessimismo.

Na quarta-feira as praças do outro lado do Atlântico mantiveram a tendência de descida e hoje prosseguem no vermelho.

(notícia atualizada às 18:33)

 

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