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Wall Street fecha a porta no vermelho a sete horas de entrarem em vigor novas tarifas
As bolsas norte-americanas encerraram uma vez mais em baixa, devido aos receios de que os EUA e a China não consigam um acordo comercial até à meia-noite de Washington, hora a que, nesse caso, entrarão em vigor tarifas aduaneiras adicionais sobre produtos chineses.
O Standard & Poor’s 500 encerrou a ceder 0,30% para 2.870,71 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,41% para 7.910,59 pontos.
Também o Dow Jones, que ontem conseguiu uma subida marginal, acompanhou hoje o movimento de queda, a descer 0,53% para 25.828,49 pontos.
As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China continuam na ordem do dia e a pressionar grandemente o sentimento dos investidores.
Se as duas maiores economias do mundo não chegarem ainda hoje a um acordo, entrarão em vigor às 00:01 de Washington (05:01 de Lisboa) novas tarifas aduaneiras.
No passado domingo, o presidente norte-americano anunciou que as tarifas de 10% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares em produtos chineses importados pelos EUA iriam ser agravadas para 25% a partir desta sexta-feira e que "em breve" serão impostas tarifas de 25% sobre o equivalente a mais 325 mil milhões de dólares de produtos oriundos da China.
Ainda assim, e apesar de a China também ameaçar retaliar, a delegação de negociadores chineses voltou a Washington esta semana e hoje prosseguem as conversações na tentativa de se chegar a um acordo comercial.
Na quarta-feira, o chefe da Casa Branca veio dizer que a China "quebrou o acordo", acusando Pequim de renegar os compromissos que já tinham sido assumidos, pelo que os receios de um não-entendimento se agravaram.
Entretanto, hoje Trump anunciou ter recebido uma "linda carta" do presidente chinês, Xi Jinping, o que trouxe alguma expectativa relativamente a um possível acordo, fazendo com que as bolsas recuperassem parte das perdas depois de terem chegado a cair mais de 1%.
O setor tecnológico foi o que mais terreno cedeu esta quinta-feira, de entre as 11 categorias representadas no S&P 500, a cair mais de 1,2% agregadamente. A pressionar estiveram sobretudo a Apple e os fabricantes de microchips que obtêm grande parte das suas receitas da China.
Outras cotadas especialmente sensíveis à questão comercial destacaram-se igualmente entre os piores desempenhos, nomeadamente a Boeing, Caterpillar e 3M.