Notícia
Fecho dos mercados: Bolsas europeias têm pior semana desde outubro. Juros aliviam e euro sobe
As bolsas europeias valorizaram nesta sexta-feira, mas não escaparam ao pior registo semanal desde outubro, numa altura em que aumentam as tensões entre os EUA e a China. Já a moeda única tem beneficiado com esta guerra comercial.
10 de Maio de 2019 às 17:14
Os mercados em números
PSI-20 valoriza 1,09% para os 5.163,75 pontos
Stoxx 600 soma 0,32% para os 377,14 pontos
S&P 500 cai 1,39% para os 2.830,68 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,1 pontos base para 1,117%
Euro aprecia 0,22% para os 1,1240 dólares
Petróleo negociado em Londres sobe 0,53% para os 70,75 dólares por barril
Stoxx 600 tem maior queda semanal desde outubro
As bolsas europeias recuperaram na sessão desta sexta-feira, 10 de maio, dia em que as tarifas dos EUA contra a China entraram em vigor. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,32% para os 377,14 pontos, após duas sessões em queda.
Em causa esteve o pessimismo à volta da disputa comercial, depois de Donald Trump ter ameaçado aumentar as tarifas e incluir a totalidade dos bens chineses, o que veio a confirmar-se esta sexta-feira, com a entrada em vigor dessas medidas. Em Wall Street, as bolsas arrancaram a sessão em baixa, o que contrastou com os restantes índices mundiais.
Os investidores acreditam que possa haver um acordo que rapidamente diminua a tensão entre os dois países. Contudo, no Twitter, o presidente norte-americano disse hoje não haver "pressa" para fechar um acordo.
Na Europa, "a maioria dos setores terminou em alta, sendo que apenas o setor automóvel sofreu uma pressão vendedora, em virtude da sua elevada sensibilidade ao mercado chinês", assinalam os analistas do BPI no comentário de fecho.
Apesar desta recuperação, o Stoxx 600 encerrou a sessão com a maior desvalorização semanal desde outubro de 2018. Ao todo, o índice perdeu 3,39% esta semana.
Em termos de cotadas, o destaque vai para a ThyssenKrupp. As ações da empresa alemã subiram 27% após ter anunciado que a sua unidade de elevadores poderá entrar em bolsa (IPO).
A maior parte das praças europeias encerrou em alta, em particular o PSI-20 que registou um desempenho superior aos pares europeus. A bolsa nacional valorizou 1%, mas tal não foi suficiente para evitar a maior queda semanal desde fevereiro de 2018.
Juros da Zona Euro aliviam
Os juros das dívidas públicas na área do euro aliviaram nesta sessão, com destaque para a Alemanha. Os juros da dívida alemã a dez anos estiveram a cair ao longo desta sessão, acumulando o maior alívio semanal em quase dois meses, ainda que estejam agora a subir ligeiramente, para -0,045%. A evolução é explicada pelos analistas com o aumento dos receios em torno do abrandamento da economia global, provocado pelo reacender da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
No sul da Europa, a tendência é semelhante. A taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal cai 0,1 pontos base para 1,117%, enquanto em Espanha os juros da dívida a dez anos alivia 1,1 pontos base para 0,978%.
Guerra comercial e dados económicos pressionam dólar
A moeda norte-americana está a desvalorizar depois de terem sido divulgados os dados relativos aos preços para os consumidores nos Estados Unidos, relativos a abril, que ficaram abaixo do que era esperado pelo mercado.
A tensão entre chineses e norte-americanos também tem vindo a pressionar o dólar, com os investidores a temerem que o conflito entre as duas maiores economias do mundo leve a Reserva Federal a cortar a taxa de juro diretora dos Estados Unidos.
Neste cenário, o índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz das principais divisas mundiais recua 0,16%, acumulando a terceira sessão e a segunda semana consecutiva de quedas.
O euro está assim a valorizar 0,22% para os 1,1240 dólares, somando já o segundo ganho semanal consecutivo em relação ao dólar.
Petróleo sobe pela terceira sessão
O petróleo soma já a terceira sessão consecutiva de valorizações, apesar de algumas oscilações, depois de Donald Trump ter ameaçado agravar as tarifas alfandegárias sobre produtos chineses.
As sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão continuam, por outro, a puxar pelos preços do petróleo, já que se refletem na redução da oferta de um dos maiores produtores do mundo.
O barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, está assim a valorizar 0,53% para os 70,75 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,31% para os 61,89 dólares por barril.
Ouro ganha com tensões comerciais
Enquanto os restantes ativos vão sendo penalizados pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, os investidores procuram o ouro como ativo de refúgio. O metal precioso soma, neste contexto, a segunda semana consecutiva de ganhos. Na sessão desta sexta-feira, aprecia 0,33% para os 1.288,31 dólares por onça.
PSI-20 valoriza 1,09% para os 5.163,75 pontos
Stoxx 600 soma 0,32% para os 377,14 pontos
S&P 500 cai 1,39% para os 2.830,68 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,1 pontos base para 1,117%
Euro aprecia 0,22% para os 1,1240 dólares
Petróleo negociado em Londres sobe 0,53% para os 70,75 dólares por barril
Stoxx 600 tem maior queda semanal desde outubro
As bolsas europeias recuperaram na sessão desta sexta-feira, 10 de maio, dia em que as tarifas dos EUA contra a China entraram em vigor. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,32% para os 377,14 pontos, após duas sessões em queda.
Os investidores acreditam que possa haver um acordo que rapidamente diminua a tensão entre os dois países. Contudo, no Twitter, o presidente norte-americano disse hoje não haver "pressa" para fechar um acordo.
Na Europa, "a maioria dos setores terminou em alta, sendo que apenas o setor automóvel sofreu uma pressão vendedora, em virtude da sua elevada sensibilidade ao mercado chinês", assinalam os analistas do BPI no comentário de fecho.
Apesar desta recuperação, o Stoxx 600 encerrou a sessão com a maior desvalorização semanal desde outubro de 2018. Ao todo, o índice perdeu 3,39% esta semana.
Em termos de cotadas, o destaque vai para a ThyssenKrupp. As ações da empresa alemã subiram 27% após ter anunciado que a sua unidade de elevadores poderá entrar em bolsa (IPO).
A maior parte das praças europeias encerrou em alta, em particular o PSI-20 que registou um desempenho superior aos pares europeus. A bolsa nacional valorizou 1%, mas tal não foi suficiente para evitar a maior queda semanal desde fevereiro de 2018.
Juros da Zona Euro aliviam
Os juros das dívidas públicas na área do euro aliviaram nesta sessão, com destaque para a Alemanha. Os juros da dívida alemã a dez anos estiveram a cair ao longo desta sessão, acumulando o maior alívio semanal em quase dois meses, ainda que estejam agora a subir ligeiramente, para -0,045%. A evolução é explicada pelos analistas com o aumento dos receios em torno do abrandamento da economia global, provocado pelo reacender da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
No sul da Europa, a tendência é semelhante. A taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal cai 0,1 pontos base para 1,117%, enquanto em Espanha os juros da dívida a dez anos alivia 1,1 pontos base para 0,978%.
Guerra comercial e dados económicos pressionam dólar
A moeda norte-americana está a desvalorizar depois de terem sido divulgados os dados relativos aos preços para os consumidores nos Estados Unidos, relativos a abril, que ficaram abaixo do que era esperado pelo mercado.
A tensão entre chineses e norte-americanos também tem vindo a pressionar o dólar, com os investidores a temerem que o conflito entre as duas maiores economias do mundo leve a Reserva Federal a cortar a taxa de juro diretora dos Estados Unidos.
Neste cenário, o índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz das principais divisas mundiais recua 0,16%, acumulando a terceira sessão e a segunda semana consecutiva de quedas.
O euro está assim a valorizar 0,22% para os 1,1240 dólares, somando já o segundo ganho semanal consecutivo em relação ao dólar.
Petróleo sobe pela terceira sessão
O petróleo soma já a terceira sessão consecutiva de valorizações, apesar de algumas oscilações, depois de Donald Trump ter ameaçado agravar as tarifas alfandegárias sobre produtos chineses.
As sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão continuam, por outro, a puxar pelos preços do petróleo, já que se refletem na redução da oferta de um dos maiores produtores do mundo.
O barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, está assim a valorizar 0,53% para os 70,75 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,31% para os 61,89 dólares por barril.
Ouro ganha com tensões comerciais
Enquanto os restantes ativos vão sendo penalizados pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, os investidores procuram o ouro como ativo de refúgio. O metal precioso soma, neste contexto, a segunda semana consecutiva de ganhos. Na sessão desta sexta-feira, aprecia 0,33% para os 1.288,31 dólares por onça.