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Abertura dos mercados: Bolsas "vestem" de verde à espera de avanços nas negociações EUA-China

As bolsas europeias valorizam numa altura em que os investidores dão ouvidos às declarações moderadamente otimistas sobre a possibilidade de as negociações entre Estados Unidos e a China ainda chegarem a bom porto. Crude, euro e ouro valorizam. Juros alemães a caminho de maior queda semanal em sete semanas.

Bloomberg
10 de Maio de 2019 às 09:25
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Os mercados em números

PSI-20 cresce 1,42% para 5.180,39 pontos

Stoxx 600 sobe 0,80% para 378,92 pontos

Nikkei desvalorizou 0,27% para 21.334,92 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,7 pontos base para 1,098%

Euro sobe 0,13% para 1,1230 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,60% para 70,81 dólares por barril

 

Bolsas sobem na expectativa por negociações EUA-China

As principais bolsas europeias abriram a sessão desta sexta-feira, 10 de maio, a negociar em alta, com destaque para as subidas dos setores automóvel e das matérias-primas, recuperando assim dos mínimos de seis semanas ontem registados.

 

O índice de referência europeu Stoxx600 avança 0,80% para 378,92 pontos, enquanto o lisboeta PSI-20 soma 1,42% para 5.180,39 pontos com o BCP a impulsionar com uma subida de quase 4%.

 

Apesar de ter entrado em vigor esta sexta-feira o reforço das tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos a um conjunto de bens chineses equivalentes a 200 mil milhões de dólares, as bolsas estão a recuperar na expectativa de que Washington e Pequim consigam alcançar um acordo que reverta a espiral protecionista na disputa comercial em curso.

 

Esta quinta-feira foram retomadas as negociações entre as partes, com a viagem do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, até à capital norte-americana. Por sua vez, o presidente americano Donald Trump fez declarações com tom otimista quanto às possibilidades de um acordo.

 

Juros da Alemanha a caminho da melhor semana em quase dois meses

Os juros das dívidas públicas na área do euro seguem em queda na manhã desta sexta-feira, com a taxa de juro correspondente às "bunds" alemãs a 10 anos a recuar 0,2 pontos base para -0,05%. A "yield" recua pela sexta sessão seguida e encaminha-se para apresentar a maior queda semanal em sete semanas, evolução que a Reuters justifica com o reforço da apreensão relativamente ao abrandamento da economia global provocado pelo reacender da guerra comercial EUA-China.

 

Também a taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal cai 0,7 pontos base para 1,098%, enquanto os juros correspondentes aos títulos italianos e espanhóis recuam respetivamente 1,7 e 1,3 pontos base para 2,662% e 0,971%.

  

Euro valoriza pela segunda semana com tensão comercial

O euro segue a valorizar nos mercados cambiais contra o dólar, estando nesta altura a apreciar 0,13% para 1,1230 dólares. Depois de ter valorizado perto de 0,5% face à moeda norte-americana ao longo da semana passada, a moeda única europeia prepara-se para somar o segundo ciclo semanal com saldo positivo em relação ao dólar.

 

O receio de que o agudizar da tensão comercial entre as duas maiores economias mundiais possa levar a Reserva Federal dos Estados Unidos a cortar a taxa de juro diretora do país está a pressionar o dólar, que recua pela segunda sessão no índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz das principais divisas mundiais.

 

Brent valoriza pelo terceiro dia

Numa semana em que tem oscilado entre subidas e descidas, o petróleo segue em alta.

 

O preço da matéria-prima negociada em Londres (Brent, que serve de referência às importações nacionais) sobe 0,60% para 70,81 dólares por barril, o que representa a terceira sessão seguida a valorizar. Já o West Texas Intermediate (WTI, transacionado em Nova Iorque) cresce 0,84% para 62,22 dólares.

 

A apoiar a subida do crude está a perspetiva de diminuição dos níveis de oferta da matéria-prima, isto depois de a Bloomberg ter divulgado dados que mostram que nenhum navio desembarcou dos terminais do Irão. As sanções americanas a Teerão continuam a penalizar o setor petrolífero, com o Irão a sentir dificuldades para exportar petróleo, o que se reflete na redução da oferta e consequente valorização do chamado ouro negro.

 

Ouro a caminho de saldo semanal positivo

O preço do metal dourado sobe 0,05% para 1.284,75 dólares por onça. O ouro volta a ser apoiado pelas dúvidas quanto ao desfecho das negociações comerciais, já que a China garantiu que retaliaria ao reforço das tarifas decretado por Washington, o que a acontecer provocaria um movimento reforçado de aposta no ouro enquanto ativo de refúgio.

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