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Só 9% dos americanos escolheram Clinton e Trump como candidatos à Casa Branca

Uma infografia do New York Times mostra que só 9% da população dos Estados Unidos escolheu, nas primárias dos partidos Democrata e Republicano, Hillary Clinton e Donald Trump como candidatos à presidência norte-americana.

Bloomberg
01 de Agosto de 2016 às 14:35
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Segundo uma infografia do New York Times, os agora formalmente nomeados candidatos à presidência dos Estados Unidos pelos dois maiores partidos, Hillary Clinton e Donald Trump, só recolheram o apoio de 9% da população americana nas primárias do Partido Democrata e do Partido Republicano, respectivamente.

 

Os 9% sobem para 14% se forem considerados somente os adultos elegíveis a votar nas presidenciais que terão lugar no próximo mês de Novembro. O diário norte-americano nota que estas percentagens são idênticas às registadas em 2008 por Barack Obama e John McCain, as últimas eleições em que não havia um presidente entre os candidatos.

 

A sustentar estas contas, o New York Times começa por notar que vivem nos Estados Unidos aproximadamente 324 milhões de pessoas, sendo que 103 milhões são crianças, não-cidadãos ou inelegíveis, logo sem direito de voto. Por outro lado, tendo em conta as eleições de 2012 há 88 milhões de adultos elegíveis que não votam em eleições gerais.

 

Há depois 73 milhões de pessoas que não votaram nas primárias democrata e republicana, mas que tenderão a pronunciar-se no que à eleição presidencial propriamente dita diz respeito. Este número não inclui os "caucus" (assembleia de voto), processo de eleição adoptado em alguns estados federados e que o New York Times salienta apresentar números relativos à participação menos fiáveis.

 

Sobram portanto cerca de 60 milhões de eleitores que votaram nas primárias, em torno de 30 milhões de pessoas na de cada um dos dois grandes partidos. Destes 16 milhões apoiaram os candidatos que concorreram contra Trump pela nomeação republicana e 14 milhões os adversário de Clinton.

 

Praticamente empatados nas sondagens, Clinton e Trump irão lutar para garantir os votos dos cidadãos que tendencialmente não votam, dos que não participaram nas primárias e dos que, tendo participado, apoiaram outros candidatos.

 

Depois de uma sondagem divulgada na semana passada pela CBS News ter atribuído a vitória ao multimilionário Trump com 40% por apenas 1 ponto percentual face a Hillary Clinton (39%), a mesma estação deu a conhecer este domingo um novo estudo que coloca a ex-primeira-dama com 43% das intenções de voto e já com uma ligeira vantagem sobre o polémico candidato republicano (38%).

Após um início de convenção democrata algo atribulado para Clinton, a secretária de Estado durante a primeira administração Obama parece estar a capitalizar o apoio à sua candidatura dado pelo ainda presidente dos Estados Unidos (não é habitual o presidente em exercício discursar numa convenção), pelo senador Bernie Sanders e pelo seu marido e ex-presidente, Bill Clinton. Hillary fez mesmo um discurso em que apelou à união e à responsabilidade do povo americano na hora de ir às urnas, no que foi considerado o momento político mais importante da longa carreira política de Clinton. 

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