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Rússia recusa resolução da ONU sobre integridade territorial da Crimeia
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, a resolução das Nações Unidas “não é válida” e representa uma “visão parcial” dos acontecimentos, segundo a Bloomberg.
O Kremlin não aceita a aprovação da resolução que apela ao não-reconhecimento de “qualquer alteração no estatuto” da península da Crimeia. Para Sergey Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, os 100 estados-membros que votaram a favor da manutenção da integridade territorial da Ucrânia apoiam uma “visão parcial” dos acontecimentos.
O responsável reforça as críticas da votação ao valorizar as 58 abstenções e 11 votos contra da resolução não-vinculativa: “a variedade de posições dos estados-membros da ONU e o grande número de abstenções e de ausências na votação mostram a rejeição de uma visão parcial do que aconteceu na Ucrânia”, escreveu o ministro numa declaração publicada na página oficial do ministério dos Negócios Estrangeiros do Kremlin, citado pela Bloomberg.
Lavrov contesta a resolução, apesar de o texto não conter referências ou acusações directas sobre a Rússia em relação à violação da integridade territorial da Ucrânia.
Ontem, o Presidente russo, Vladimir Putin, também se insurgiu em relação à aprovação do texto. Para o chefe de Estado, a integração da Crimeia no território russo “salvou a região de fascistas, que estão a controlar Kiev e a reprimir a minoria de cidadãos russos”, criticou, citado pela Bloomberg.