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FMI vai disponibilizar 15 mil milhões de dólares para a Ucrânia
A instituição financeira sediada nos Estados Unidos está a preparar um resgate financeiro de 15 mil milhões de dólares a Kiev. O “Financial Times” revela que o anúncio poderá ser feito já esta quinta-feira e o pacote ficará disponível no final de Abril.
As graves necessidades de capital enfrentadas por Kiev poderão ser parcialmente colmatadas com o pacote de resgate financeiro que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está a tentar disponibilizar numa corrida contra o tempo. De acordo com o “Financial Times” o FMI poderá anunciar já amanhã um resgate de 15 mil milhões de dólares (cerca de 10,8 mil milhões de euros) para Kiev.
A Ucrânia que enfrenta uma débil saúde financeira e necessita de cerca de 25 mil milhões de euros para evitar a bancarrota, poderá ver desbloqueado o apoio do FMI no final do mês de Abril, segundo revelaram fontes oficiais envolvidos na negociação com a instituição financeira sediada nos Estados Unidos.
O acordo designado por “standby” está a ser acelerado pelo facto de Kiev deter um volume reduzido de reservas monetárias internacionais que, neste momento, apenas cobrem as necessidades de importações para dois meses.
Esta decisão, algo inesperada do FMI, resulta do facto de as ajudas financeiras anunciadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos não terem sido agilizadas de forma suficientemente rápida tendo em conta as prementes necessidade ucranianas.
A pressão colocada por Moscovo, que além de estar a dificultar as exportações de produtos ucranianos para a Rússia, já deu indicações à empresa pública de energia, a Gazprom, para suspender a partir de Abril os descontos no fornecimento de gás natural, sufocam ainda mais uma economia há vários anos estagnada.
O FMI pretendia inicialmente desbloquear um apoio de mil milhões de dólares, que seria complementado pela ajuda dos dois maiores blocos económicos mundiais. Desta forma, escreve o "Financial Times", o primeiro-ministro em funções da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, deverá acertar até ao final desta quarta-feira um acordo com o FMI que em princípio será anunciado amanhã.