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Rússia anuncia que vai apoiar uma mulher da Europa do Leste para a ONU
Na semana passada a Bulgária substituiu o seu candidato ao cargo, apresentando Kristalina Georgieva, que passou pelo Banco Mundial e está agora na Comissão Europeia.
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A Rússia afirmou na segunda-feira, 3 de Outubro, que gostaria de ver uma mulher no cargo de secretário-geral da ONU e anunciou que irá apoiar um candidato da Europa de Leste, dias depois da búlgara Kristalina Georgieva entrar na corrida.
"Acreditamos que é a vez da Europa do Leste de fornecer o próximo secretário-geral. Gostaríamos muito de ver uma mulher", disse o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, em conferência de imprensa.
O embaixador disse ainda que deverá haver em breve um voto formal para decidir sobre o sucessor de Ban Ki-moon.
A Rússia ocupa este mês a presidência do Conselho de Segurança da ONU e é um dos seus membros permanentes, os quais têm poder de veto em relação aos candidatos a secretário-geral.
Na semana passada a Bulgária substituiu o seu candidato ao cargo, apresentando Kristalina Georgieva, que passou pelo Banco Mundial e está agora na Comissão Europeia.
A economista búlgara respondeu na segunda-feira a duas horas de perguntas de todo o tipo, incluindo a guerra na Síria, a crise dos refugiados e as alterações climáticas, perante a Assembleia Geral da ONU.
A corrida ao cargo de secretário-geral da ONU entra numa nova fase na quarta-feira, com nova votação no Conselho de Segurança. Os membros permanentes -- Reino Unido, França, China, Rússia e Estados Unidos -- vão usar boletins de voto coloridos para indicar se os candidatos vão enfrentar um veto quando o conselho efectuar uma votação formal.
Churkin indicou haver uma "boa possibilidade de poucos dias após" a votação informal de quarta-feira, o conselho votar formalmente para escolher o nome que será depois apresentado à Assembleia Geral para aprovação.
Georgieva seria a primeira mulher a liderar a ONU. A búlgara de 63 anos enfrenta outros nove candidatos, incluindo o ex-primeiro-ministro português António Guterres, considerado o favorito, já que venceu todas as cinco votações informais do Conselho de Segurança realizadas até agora.
O novo secretário-geral da ONU deve iniciar funções a 1 de Janeiro.