Notícia
Apoio da Rússia a candidata do Leste à ONU? "Absolutamente normal"
Augusto Santos Silva, o ministro dos Negócios Estrangeiros, comentou que a Rússia "sempre disse que a sua primeira escolha era de uma candidatura da Europa de Leste", um dado que é "conhecido há muito".
04 de Outubro de 2016 às 10:27
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O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse esta terça-feira, 4 de Outubro, ver como "absolutamente normal" o apoio da Rússia a uma candidata da Europa do Leste às Nações Unidas, reiterando o "mérito" de António Guterres, também na corrida.
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, anunciou que a Rússia gostaria de ver uma mulher no cargo de secretário-geral da organização e que irá apoiar um candidato da Europa de Leste, horas depois da audição, pela Assembleia-Geral, da búlgara Kristalina Georgieva, que se juntou à corrida na semana passada.
Em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse ver essa declaração como "absolutamente normal".
O governante comentou que a Rússia "sempre disse que a sua primeira escolha era de uma candidatura da Europa de Leste", um dado que é "conhecido há muito".
"Também notamos a posição russa segundo a qual as qualidades da candidatura do engenheiro António Guterres são conhecidas e são óbvias", sublinhou.
Na declaração feita nas últimas horas por Moscovo, foi acrescentada a referência ao género, "uma preferência que a Rússia nunca tinha manifestado", assinalou o ministro.
Dois dos requisitos mais apontados para o próximo secretário-geral são a preferência por uma mulher - posição manifestada pelo próprio Ban Ki-moon - e uma candidatura da Europa do Leste, numa lógica de rotatividade geográfica.
Esta quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU realiza uma nova votação sobre os agora dez candidatos ao cargo de secretário-geral, mas desta vez os votos dos membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, com direito de veto) serão destacados.
Nas cinco votações informais já realizadas - em que não participou Kristalina Georgieva - o ex-primeiro-ministro português António Guterres ficou sempre à frente e obteve, nas duas últimas, 12 votos de encorajamento, mais do que os nove votos necessários para ser recomendado à Assembleia-Geral, mas ainda com dois votos de desencorajamento.
Questionado sobre as expectativas do Governo português sobre a votação de quarta-feira, Santos Silva reiterou que o executivo encara "com serenidade o desenvolvimento deste processo".
"Fizemos o que era nosso dever: tendo um candidato com a qualidade do engenheiro António Guterres, era nosso dever apresentar a candidatura ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas. Apresentámos a candidatura em devido tempo, o engenheiro António Guterres apresentou as suas ideias, foi ouvido pela Assembleia-Geral, participou nos debates, participou em todas as votações e em todas teve os melhores resultados", sustentou Santos Silva.
Instado a comentar a audição de Georgieva, que decorreu esta segunda-feira ao longo de duas horas, o ministro português afirmou apenas: "Saudamos todos os candidatos e candidatas, porque a qualidade das candidaturas até agora apresentadas só reforça o mérito do engenheiro António Guterres".
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, anunciou que a Rússia gostaria de ver uma mulher no cargo de secretário-geral da organização e que irá apoiar um candidato da Europa de Leste, horas depois da audição, pela Assembleia-Geral, da búlgara Kristalina Georgieva, que se juntou à corrida na semana passada.
O governante comentou que a Rússia "sempre disse que a sua primeira escolha era de uma candidatura da Europa de Leste", um dado que é "conhecido há muito".
"Também notamos a posição russa segundo a qual as qualidades da candidatura do engenheiro António Guterres são conhecidas e são óbvias", sublinhou.
Na declaração feita nas últimas horas por Moscovo, foi acrescentada a referência ao género, "uma preferência que a Rússia nunca tinha manifestado", assinalou o ministro.
Dois dos requisitos mais apontados para o próximo secretário-geral são a preferência por uma mulher - posição manifestada pelo próprio Ban Ki-moon - e uma candidatura da Europa do Leste, numa lógica de rotatividade geográfica.
Esta quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU realiza uma nova votação sobre os agora dez candidatos ao cargo de secretário-geral, mas desta vez os votos dos membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, com direito de veto) serão destacados.
Nas cinco votações informais já realizadas - em que não participou Kristalina Georgieva - o ex-primeiro-ministro português António Guterres ficou sempre à frente e obteve, nas duas últimas, 12 votos de encorajamento, mais do que os nove votos necessários para ser recomendado à Assembleia-Geral, mas ainda com dois votos de desencorajamento.
Questionado sobre as expectativas do Governo português sobre a votação de quarta-feira, Santos Silva reiterou que o executivo encara "com serenidade o desenvolvimento deste processo".
"Fizemos o que era nosso dever: tendo um candidato com a qualidade do engenheiro António Guterres, era nosso dever apresentar a candidatura ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas. Apresentámos a candidatura em devido tempo, o engenheiro António Guterres apresentou as suas ideias, foi ouvido pela Assembleia-Geral, participou nos debates, participou em todas as votações e em todas teve os melhores resultados", sustentou Santos Silva.
Instado a comentar a audição de Georgieva, que decorreu esta segunda-feira ao longo de duas horas, o ministro português afirmou apenas: "Saudamos todos os candidatos e candidatas, porque a qualidade das candidaturas até agora apresentadas só reforça o mérito do engenheiro António Guterres".