Notícia
Escolha de secretário-geral da ONU pode ser concluída já amanhã
Mesmo que Guterres obtenha o apoio de nove países e nenhum veto dos membros permanentes, os membros podem decidir realizar mais votações.
04 de Outubro de 2016 às 10:35
Os membros do Conselho de Segurança da ONU votam nesta quarta-feira, 5 de Outubro, o nome do futuro secretário-geral, uma eleição que tem como favorito o português António Guterres num processo que pode ficar quase encerrado nesse dia.
Esta madrugada, a Rússia, país com direito de veto no Conselho de Segurança, anunciou que irá apoiar uma mulher da Europa de Leste, sendo que existem apenas duas candidatas búlgaras que preenchem esse requisito: Irina Bokova e Kristalina Geogieva, esta última que entrou na corrida há duas semanas.
"Acreditamos que é a vez da Europa do Leste de fornecer o próximo secretário-geral. Gostaríamos muito de ver uma mulher", disse o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin.
Depois de cinco votações em que os votos dos 15 membros eram indiscriminados, os votos dos membros permanentes (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) vão ser destacados pela primeira vez, ficando visível algum caso de veto.
Há 10 anos, quando foi escolhido Ban Ki-moon, a primeira votação deste género tornou-se, também, a última.
Nesse dia, 2 de Outubro de 2006, Ban Ki-moon recebeu 14 votos "encoraja" e apenas um "sem opinião", o que precipitou a desistência de todos os outros candidatos no dia seguinte.
Uma semana mais tarde, a 9 de outubro, o Conselho de Segurança aprovou por aclamação a resolução que recomendava o nome do sul-coreano.
No entanto, conforme explicou fonte diplomática à Lusa, o processo tem poucas regras, o que dá muita flexibilidade aos membros do Conselho de Segurança, sobretudo os permanentes, para decidir os próximos passos.
Mesmo que Guterres obtenha o apoio de nove países e nenhum veto dos membros permanentes, os membros podem decidir realizar mais votações.
António Guterres venceu as cinco primeiras votações destacado, sendo o único que ultrapassou o mínimo de nove apoios, mas teve sempre entre dois e três votos "desencoraja".
Se mantiver o mesmo resultado e um dos votos negativos pertencer a um dos cinco permanentes, o seu nome não pode ser sequer recomendado.
A entrada da búlgara Kristalina Georgieva na corrida, na semana passada, também pode provocar mais rondas de votações, necessárias para clarificar o posicionamento de todos os países.
Num ano em que a ONU tentou trazer transparência ao processo, realizando audiências públicas, entrevistas e debates com os 12 candidatos iniciais, a entrada tardia da vice-presidente da Comissão Europeia foi recebida com desconfiança por alguns países e entusiasmo por outros.
Esta madrugada, a Rússia, país com direito de veto no Conselho de Segurança, anunciou que irá apoiar uma mulher da Europa de Leste, sendo que existem apenas duas candidatas búlgaras que preenchem esse requisito: Irina Bokova e Kristalina Geogieva, esta última que entrou na corrida há duas semanas.
Depois de cinco votações em que os votos dos 15 membros eram indiscriminados, os votos dos membros permanentes (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) vão ser destacados pela primeira vez, ficando visível algum caso de veto.
Há 10 anos, quando foi escolhido Ban Ki-moon, a primeira votação deste género tornou-se, também, a última.
Nesse dia, 2 de Outubro de 2006, Ban Ki-moon recebeu 14 votos "encoraja" e apenas um "sem opinião", o que precipitou a desistência de todos os outros candidatos no dia seguinte.
Uma semana mais tarde, a 9 de outubro, o Conselho de Segurança aprovou por aclamação a resolução que recomendava o nome do sul-coreano.
No entanto, conforme explicou fonte diplomática à Lusa, o processo tem poucas regras, o que dá muita flexibilidade aos membros do Conselho de Segurança, sobretudo os permanentes, para decidir os próximos passos.
Mesmo que Guterres obtenha o apoio de nove países e nenhum veto dos membros permanentes, os membros podem decidir realizar mais votações.
António Guterres venceu as cinco primeiras votações destacado, sendo o único que ultrapassou o mínimo de nove apoios, mas teve sempre entre dois e três votos "desencoraja".
Se mantiver o mesmo resultado e um dos votos negativos pertencer a um dos cinco permanentes, o seu nome não pode ser sequer recomendado.
A entrada da búlgara Kristalina Georgieva na corrida, na semana passada, também pode provocar mais rondas de votações, necessárias para clarificar o posicionamento de todos os países.
Num ano em que a ONU tentou trazer transparência ao processo, realizando audiências públicas, entrevistas e debates com os 12 candidatos iniciais, a entrada tardia da vice-presidente da Comissão Europeia foi recebida com desconfiança por alguns países e entusiasmo por outros.