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Obama mostra abertura a trabalhar com Rússia na crise síria
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou esta segunda-feira, 28 de Setembro, os países que apoiam o regime sírio de Bashar al-Assad, mas afirmou estar disposto a trabalhar com eles. O líder norte-americano falava nas Nações Unidas, no âmbito da 70.ª assembleia-geral.
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28 de Setembro de 2015 às 19:17
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou hoje os países que apoiam o presidente sírio, Bashar al-Assad, considerando-o "um tirano" que "massacra crianças inocentes". Falando na Assembleia-Geral da ONU, o líder norte-americano disse-se no entanto preparado para trabalhar com a Rússia e o Irão para resolver o conflito.
Obama lamentou o argumento de alguns países, designadamente a Rússia e o Irão, que apoiam "tiranos como Bashar al-Assad" sob pretexto de que a alternativa "seria pior".
"Dizem-nos que essa retracção é necessária para rechaçar a desordem, que é a única maneira de erradicar o terrorismo ou impedir ingerências externas", disse. "De acordo com esta lógica, devemos apoiar tiranos como Bashar al-Assad, que lança bombas-barril para massacrar crianças inocentes, porque a alternativa é certamente pior", acrescentou.
Barack Obama mostrou contudo abertura para negociar com qualquer país com vista a uma solução do conflito sírio: "Os Estados Unidos estão preparados para trabalhar com qualquer nação, incluindo a Rússia e o Irão, para resolver o conflito", disse.
O presidente norte-americano afirmou, noutro passo, que as sanções impostas à Rússia em consequência do conflito na Ucrânia não são "um desejo de voltar à Guerra Fria", mas antes de proteger a soberania de Kiev.
"Não podemos ficar impassíveis quando a soberania e a integridade territorial de um país é flagrantemente violada. Se isso acontecesse na Ucrânia sem consequências, podia acontecer a qualquer país aqui presente", afirmou. "É essa a base das sanções que os Estados Unidos e outros parceiros impuseram à Rússia. Não é um desejo de voltar à Guerra Fria", acrescentou.
Obama falou também de Cuba, país com o qual os Estados Unidos iniciaram recentemente uma normalização das relações diplomáticas, para apelar ao fim do embargo imposto à ilha em 1960.
O presidente disse-se confiante de que o Congresso dos Estados Unidos vai "inevitavelmente levantar um embargo que já não devia existir", suscitando os aplausos da assembleia de 193 países.
Obama admitiu que a política norte-americana em relação a Cuba "não conseguiu melhorar as vidas dos cubanos", mas acrescentou que a questão dos direitos humanos continua a ser uma preocupação na relação com Havana.
Obama lamentou o argumento de alguns países, designadamente a Rússia e o Irão, que apoiam "tiranos como Bashar al-Assad" sob pretexto de que a alternativa "seria pior".
Barack Obama mostrou contudo abertura para negociar com qualquer país com vista a uma solução do conflito sírio: "Os Estados Unidos estão preparados para trabalhar com qualquer nação, incluindo a Rússia e o Irão, para resolver o conflito", disse.
O presidente norte-americano afirmou, noutro passo, que as sanções impostas à Rússia em consequência do conflito na Ucrânia não são "um desejo de voltar à Guerra Fria", mas antes de proteger a soberania de Kiev.
"Não podemos ficar impassíveis quando a soberania e a integridade territorial de um país é flagrantemente violada. Se isso acontecesse na Ucrânia sem consequências, podia acontecer a qualquer país aqui presente", afirmou. "É essa a base das sanções que os Estados Unidos e outros parceiros impuseram à Rússia. Não é um desejo de voltar à Guerra Fria", acrescentou.
Obama falou também de Cuba, país com o qual os Estados Unidos iniciaram recentemente uma normalização das relações diplomáticas, para apelar ao fim do embargo imposto à ilha em 1960.
O presidente disse-se confiante de que o Congresso dos Estados Unidos vai "inevitavelmente levantar um embargo que já não devia existir", suscitando os aplausos da assembleia de 193 países.
Obama admitiu que a política norte-americana em relação a Cuba "não conseguiu melhorar as vidas dos cubanos", mas acrescentou que a questão dos direitos humanos continua a ser uma preocupação na relação com Havana.