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Obama incerto quanto ao apoio do Congresso a um ataque ao regime de Assad

O Presidente dos EUA, Barack Obama, disse na segunda-feira não estar certo do apoio do Congresso a uma utilização da força militar contra a Síria, durante uma entrevista à televisão NBC.

Kevin Lamarques/Reuters
10 de Setembro de 2013 às 00:53
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Questionado sobre se estava "confiante" quanto ao voto dos parlamentares de uma resolução autorizando o ataque ao regime do Presidente Bachar al-Assad, Obama respondeu: "Não digo que estou confiante. [Mas] confio que os eleitos do Congresso estão a tratar esta questão muito a sério e a estudá-la de perto".

 

Sobre a proposta russa de colocar o arsenal químico sírio sobre controlo internacional, Obama considerou-a um "desenvolvimento positivo" no conflito e prometeu levá-la "a sério".

 

Na segunda-feira, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, recebeu em Moscovo o seu homólogo sírio, Walid Mouallem, após o que fez uma declaração pública em que apelava aos dirigentes sírios "para que não só aceitem colocar sob controlo internacional o seu 'stock' de armas químicas e, a seguir, destruí-lo, mas também para que adiram plenamente à Organização para a Proibição de Armas Químicas".

 

Já durante outra entrevista televisiva, dada à CNN, Obama preveniu qualquer tentativa de diversão ou tácticas dilatórias por parte do regime de Damasco e atribuiu a mudança de atitude da Síria às ameaças de ataque feitas pelo seu governo.

 

"Tenho de dizer que é improvável que tivéssemos chegado a este ponto, em que surgem propostas públicas como esta, sem uma ameaça militar credível para lidar com o uso de armas químicas na Síria", considerou Obama, ao referir-se ao ataque de 21 de agosto, que, segundo estimativas norte-americanas, causou mais de 1.400 mortos.

 

Já à ABC, durante uma das seis entrevistas que gravou na segunda-feira na Casa Branca para defender o seu plano de ataque à Síria, Obama afirmou que um ataque militar seria suspenso "imediatamente" se Al-Assad colocasse o seu arsenal químico sob controlo internacional.

 

O Presidente norte-americano desloca-se hoje ao Capitólio, antes de fazer um discurso pela televisão, como parte da sua campanha de convencer o Congresso e a opinião pública da urgência de atacar a Síria.

 

Entretanto, na segunda-feira, o líder da maioria democrata na Senado, Harry Reid, anunciou o adiamento da votação da proposta de resolução que autoriza o recurso à força na Síria, no seguimento da proposta russa sobre o arsenal químico sírio.

 

"Não penso que tenhamos necessidade" de votar rapidamente, disse Reid, horas depois de ter programado a votação para quarta-feira.

 

"Vamos dar ao Presidente a oportunidade de falar aos 100 senadores e aos 300 milhões de [norte-]americanos antes de votarmos", adiantou.

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