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Merkel classifica proposta russa para a Síria de “interessante”

A proposta russa, feita hoje pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, de a Síria prescindir do seu arsenal químico foi recebida com atenção no mundo ocidental, designadamente nos EUA, Alemanha e França.

Reuters
10 de Setembro de 2013 às 00:05
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"Apelamos aos dirigentes sírios para que não só aceitem colocar sob controlo internacional o seu 'stock' de armas químicas e, a seguir, destruí-lo, mas também para que adiram plenamente à Organização para a Proibição de Armas Químicas", declarou Sergei Lavrov numa breve alocução, algumas horas depois de se ter reunido com o chefe da diplomacia síria, Walid Mouallem, em Moscovo.

 

A chanceler alemã, Angela Merkel, em declarações à televisão ARD, considerou a proposta "interessante", reiterou a sua oposição a uma intervenção militar e disse esperar que "não se tratasse de ganhar tempo". 

 

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, afirmou que "a proposta do ministro Sergei Lavrov merece um exame atento", exigiu que o Presidente sírio, Bachar al-Assad, "se comprometesse imediatamente com a entrega ao controlo internacional do seu arsenal químico e a sua total destruição".

 

Por sua vez, a ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, considerou o plano apresentado por Lavrov um "passo importante", à saída da Casa Branca, onde participou num evento sobre o combate ao tráfico de animais selvagens.

 

Acrescentou porém que a Federação Russa tem de ajudar de forma sincera a comunidade internacional a resolver a crise ou "vai ser sujeita a julgamento" e que a nova iniciativa não pode ser uma desculpa para adiamentos ou obstruções pela Síria.

 

Apelou ainda ao Congresso para que apoie o Presidente norte-americano, Barack Obama, na sua intenção de agir militarmente contra o regime de Al-Assad para punir o ataque com armas químicas em 21 de agosto.

 

O apoio público de Clinton aos ataques à Síria foi um impulso para Obama, uma vez que permanece uma figura muito popular, em particular entre os democratas.

 

Todos os movimentos de Hillary Clinton são escrutinados pelos analistas políticos, na procura de sinais que indiquem se vai fazer uma nova tentativa de concorrer à Presidência dos EUA, em 2016.

 

Os seus comentários sobre o plano russo, se bem que seja uma antiga governante, tiveram claramente o apoio de Obama, e representaram a mais detalhada resposta até ao momento do plano avançado pelos russos para procurar evitar o ataque norte-americano.

 

Obama vai discursar aos norte-americanos na terça-feira, através da televisão, quando enfrenta uma difícil votação no Congresso e vê a opinião pública expressar-se contra outro envolvimento militar dos EUA no Médio Oriente.

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