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Negociadores dos EUA e China voltam a encontrar-se cara a cara em outubro

O Ministério do Comércio chinês anunciou que irá encontrar-se com as autoridades norte-americanas em Washington no início de outubro.

Da esquerda para a direita: orepresentante dos EUA para o comércio, Robert Lighthizer, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Reuters
05 de Setembro de 2019 às 07:49
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A China e os Estados Unidos vão voltar a encontrar-se para negociações frente a frente em Washington com o objetivo de resolver a disputa comercial que dura há mais de um ano. 

O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He (na foto), concordou em visitar os EUA "no início de outubro" durante uma chamada telefónica esta quinta-feira, 5 de setembro, de manhã em Pequim com o representante dos EUA para o comércio, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, de acordo com um comunicado do Ministério do Comércio chinês. O ministro do Comércio chinês, Zhong Shan, e o governador do Banco Popular da China, Yi Gang, também estavam presentes na chamada. 

O Ministério do Comércio chinês disse que técnicos de ambos os país vão ter discussões "sérias" durante o mês de setembro para preparar as negociações que, originalmente, iam acontecer este mês. 

Este encontro será realizado numa altura sensível nas relações entre os dois países dado que existe ceticismo em ambos os lados sobre o progresso que pode ser feito nas conversações. Recentemente, Donald Trump voltou a ameaçar aumentar as tarifas já existentes com efeitos a 1 de outubro, depois de, a 1 de setembro, ter entrado em vigor uma nova ronda de tarifas. Em dezembro também entram em vigor tarifas sobre mais produtos. 

Além disso, neste momento, há cada vez mais dados estatísticos que permitem concluir que a disputa comercial está não só a afetar as duas maiores economias do mundo como está também a levar a economia mundial para o risco de recessão.

"Nem a China nem os EUA querem ser culpados pelos resto do mundo de agravar a guerra comercial e prejudicar a economia mundial", considera um ex-diplomata chinês, Zhou Xiaoming, à Bloomberg, referindo, no entanto, que a existência de um encontro presencial não quer dizer que os dois lados estejam mais perto de um acordo.

Já a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, alertou na Bloomberg TV que "o maior impacto [da disputa comercial] nas estimativas [do FMI] é na China neste momento". "Se estas tensões continuarem e o crescimento mundial desacelerar a um ritmo ainda maior do que antecipamos, então isso pode mudar o sentimento do mercado financeiro, o que pode mudar a confiança dos empresários e pode travar a economia mundial", apontou Gopinath.
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