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China não vai responder às novas tarifas dos EUA e espera que Trump recue

As autoridades chinesas confirmaram que Washington e Pequim já estão a preparar a nova ronda de negociações, e esperam que Donald Trump ainda desista das novas tarifas anunciadas.

Reuters
29 de Agosto de 2019 às 14:54
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O governo chinês garantiu esta quinta-feira que não vai retaliar contra o aumento das tarifas anunciado pelo presidente Donald Trump, na semana passada, sublinhando que o importante agora é debater formas de resolver o conflito comercial que se arrasta há meses entre as duas potências.

Pequim espera que a administração Trump ainda possa recuar na sua decisão de impor novas tarifas sobre as importações vindas da China.

"A China tem muitos meios para retaliar, mas pensa que a questão que deve ser debatida agora é precisamente a eliminação das novas tarifas para evitar uma escalada na guerra comercial", afirmou o porta-voz do Ministério do Comércio Gao Feng, em declarações aos jornalistas, em Pequim, citado pela Bloomberg.

O responsável adiantou ainda que as duas partes já estão a debater a próxima ronda de negociações, prevista para o mês de setembro, com a deslocação dos negociadores chineses a Washington. Gao não quis, contudo, avançar mais pormenores, dizendo apenas que os detalhes serão dados na altura apropriada.

Até ao momento, a China respondeu a todos os anúncios dos Estados Unidos de mais tarifas, pelo que a postura demonstrada esta quinta-feira poderá representar uma mudança na estratégia do governo.

Isso mesmo aconteceu na passada sexta-feira, com o governo de Pequim a anunciar novas tarifas sobre 75 mil milhões de euros de bens importados dos Estados Unidos, em resposta às novas taxas aduaneiras sobre 300 mil milhões de dólares de bens importados da China, que entrarão em vigor em setembro e em dezembro.

Umas horas depois, o presidente dos Estados Unidos deu a sua resposta: uma subida de 25% para 30% da tarifa atualmente aplicada sobre 250 mil milhões de dólares de bens chineses a partir de 1 de outubro, e o aumento das taxas sobre os 300 mil milhões de dólares de importações que ainda não estão em vigor.

E é a estes aumentos que a China não pretende responder. Pelo menos para já. "A escalada da guerra comercial não vai beneficiar a China, nem os Estados Unidos, nem o mundo", sublinhou Gao Feng. "O mais importante é criar as condições necessárias para se continuarem as negociações".

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